Ainda não decidi o que vou fazer a partir de março ou abril. Então, por enquanto, se for o caso, ninguém precisa preocupar-se em me rifar. Ou não serei candidato, e aí vou satisfazer a alguns que querem o meu lugar, ou decidirei por uma candidatura, desgostando aos que pregam abertamente, ou em cochichos, a minha saída imediata, para deixar o campo livre para eles.
Analistas políticos emitem suas opiniões com base em informações que podem bater ou não com a realidade. Por isso, é aconselhável ouvir e ler com atenção todas essas opiniões sem preconceitos ao menos como um alerta, mas sem fazer prejulgamentos.
Sabemos que estamos numa época eleitoral, tão propícia a especulações. Não vou me precipitar, e mudar o calendário a que me propus por causa de pressões que recebo para adiantar o passo.
Entre março e abril, farei o possível para ajudar na formação de uma chapa competitiva pra derrotar o governo. Se não der, paciência, ou encosto as chuteiras para sempre, o que pode ser visto como uma atitude medrosa, ou vou para o embate com as armas que tenho.
No faroeste da política é difícil parar o cavalo quando os índios, com arco e flecha, estão correndo atrás da gente. Quem parar morre e desaparece de cena.
Finalizo dizendo que os tempos estão mudando. Sergipe é muito pequeno. Pode ser percorrido de ponta a ponta em apenas duas horas, se nos dirigirmos ao município mais distante.
As redes sociais e as emissoras de rádio encurtaram mais ainda a distância com o eleitor. O homem e a mulher mais simples do interior, ou dos bairros periféricos de Aracaju, com um celular na mão, ou com um radinho de pilha, estão inteirados de tudo, instantaneamente.
As lideranças merecem nosso respeito, os grupos políticos, igualmente, porém, aos poucos o eleitor toma consciência de que pode decidir com o seu voto, que é o dono de sua própria vontade, escolhendo o melhor projeto pra Sergipe, sem mais esperar a indicação do chefe político, e, sim, com base apenas num programa e numa candidatura em que ele acredite e que venha criar esperanças para ele, e para sua família, em meio a um quadro de tanto desalento.
Pode ser que eu esteja enganado, ou pode ser que eu não esteja. Acredito que desta vez, por tudo que está acontecendo em Sergipe e no Brasil, vai ser diferente. Quem entender o que pensa o eleitor vai ser premiado com a vitória nas urnas.
Senador Antonio Carlos Valadares
PSB-Sergipe