Aracaju já respira os ares dos festejos juninos, especialmente a programação que integra o Forró Caju 2023. No Centro da cidade, o fluxo de aracajuanos e turistas é orquestrado pelo São João na Praça, evento realizado na praça General Valadão, desde a segunda-feira, 12. Nele, a Prefeitura, através da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Sergipe (Fecomércio-SE), Sesc e Senac, promove shows com artistas locais e, como novidade do ano, o Concurso de Quadrilhas Juninas Seu Menino.

As apresentações musicais, iniciadas a partir das 16h, aquecem o espaço para o concurso que começa às 19h. Neste ano, concorrem as quadrilhas Século XX, Unidos em Asa Branca, Meu Sertão, Pisa na Brasa, Pioneiros da Roça, Cangaceiros da Boa, Xodó da Vila, Rala-Rala, Assum Preto, Retirantes do Sertão e Balança Mais Não Cai.

Nesta quarta-feira, 14, terceiro dia consecutivo de São João na Praça, a festa foi aberta por Caçula do Forró, com o seu tradicional acordeon, acompanhado por triângulo e zabumba, na mistura perfeita para o forró pé de serra.

Em seguida, foi a vez do músico e compositor Lucas Campelo e seu misto de estilos nordestinos. Com mais de 15 anos de carreira e seu primeiro álbum lançado neste ano, intitulado “Poeira de Vida”, o artista sergipano tornou ainda mais vibrante a festa no Centro da cidade.

Precedendo o concurso de quadrilhas juninas, quem também animou a festa foi o trio Pega na Rua, o esquenta perfeito para empolgar o público para a apresentação seguinte e ainda manter acesa a chama das tradições nordestinas.

Integrante da quadrilha Xodó da Vila, João Victor Gomes enaltece eventos que dão espaço para a cultura nordestina. “Aqui, podemos mostrar o que vem das nossas tradições, a importância que a quadrilha junina tem para a nossa cultura, além da diversidade que existe no nosso estado. Eventos assim, nos dão espaço para mostrar Sergipe, mostrar o que é feito aqui, então vejo tudo isso com muito brilho nos olhos, temos diferencial”, ressalta.

Outra quadrilheira a participar do evento foi Rose Santos. Para ela, festas como essa agregam pessoas e fortalecem a cultura.

“Para nós, quadrilheiros, participar de um evento desse é maravilhoso porque, por ser num espaço aberto, sabemos que vai juntar muita gente, ou seja, nossa arte vai ser muito vista. Então, é muito importante estar aqui, afinal, é a nossa cultura ganhando espaço”, pontua Rose.

Quem tirou um tempinho para apreciar as apresentações musicais, assim como as quadrilhas, não se arrependeu, como o vigilante Geraldo Santos que, através de uma colega, soube do São João na Praça.

“Nunca tinha visto essa festa por aqui porque, nos últimos anos, viajei. Mas, quando soube, já quis ver de perto e achei tudo muito bacana, sensacional e gostei de tudo o que vi. Cheguei e só esperei um pouco por minha colega e já comecei dançar. Além das bandas muito boas, as quadrilhas são bonitas demais e dá gosto de ver”, conta Geraldo em pura animação.

Pelas redes sociais, a aposentada Geleilda dos Santos, do município de São Cristóvão, soube da festa na General Valadão. Admiradora de um bom forró, tem o costume de passar o mês de junho olhando as programações dos eventos.

“Esse evento é maravilhoso. Tenho é pena de quem não pode vir. No ano passado, viajei para outro estado, mas, neste ano, fiz questão de vir. O que mais me chamou a atenção foi a organização, a segurança e a limpeza do lugar. Com certeza, amanhã voltarei e depois, e depois, todos os dias batendo o ponto”, garante Geleilda.

O aposentado Aldemir de Jesus, da cidade do Guarujá, no Estado de São Paulo, vem todo ano a Aracaju, no período junino, e sabe o porquê da sua preferência pela capital sergipana. “Aracaju é o lugar do forró. Vim do Guarujá só para dançar forró aqui. Quando eu volto para a minha cidade, as pessoas ficam com inveja das coisas que conto e sempre as chamo para conhecerem. Gosto de tudo em Aracaju, da comida, da cidade e, principalmente, da música. E o melhor: é tudo de graça”, frisa em tom de graça.

Em fase eliminatória, o concurso tem a grande final nesta quinta-feira, 15, e vai premiar a quadrilha vencedora através dos critérios sob análise dos jurados, como trio de sanfoneiro ou conjunto musical e repertório junino, traje típico dentro da temática, desempenho do marcador, harmonia e animação, originalidade, coreografia, xote, xaxado e baião.

Mesmo com a grande final do concurso, as apresentações de quadrilhas juninas seguem até o dia 22.