Criada pelo médico veterinário Carlos Gabriel Dias, a campanha #MiauTestou tem como objetivo chamar a atenção dos donos de gatos para o diagnóstico e tratamento das doenças Imunodeficiência Viral Felina (FIV), também chamada de Aids Felina, e Leucemia Viral Felina (FeLV). Doenças pouco conhecidas entre os donos de felinos e que podem trazer grandes prejuízos à qualidade de vida do animal.

Silenciosas no início, essas doenças virais acometem apenas os gatos e podem apresentar alguns sintomas com o passar do tempo. Segundo o médico veterinário Carlos Eduardo Gomes, a FIV pode se apresentar assintomática durante vários anos, porém os sintomas mais observados são: falta de apetite, perda de peso, vômitos, diarreia, dores articulares, alterações oculares, anemia febre entre outros. Já na FeLV os principais sintomas são: perda de peso, estomatites, anemia, apatia, febre falta de apetite, problemas respiratórios dentre outros.

Dr. Carlos Eduardo Gomes, médico veterinário

Para ter um diagnóstico precoce das doenças, todos os gatos devem fazer o teste rápido ou PCR a partir dos primeiros meses de vida. Assim, com o resultado positivo, o tratamento para essas doenças terá um início rápido, oferecendo uma maior qualidade de vida ao felino e evitando a contaminação de outros animais. Uma vez que a FIV e a FeLV não tem cura.

“O tratamento da FIV e da FeLV é um tratamento de suporte. Dessa forma, o gato que está infectado precisa ter acompanhamento periódico com seu veterinário, cuidados higiênicos, profilaxia dentária. Além disso, é importante manter uma boa alimentação, além da vacinação e vermifugação em dia”, acrescenta o veterinário Carlos Eduardo Gomes.

A transmissão da Imunodeficiência Viral Felina se dá basicamente pelo contato com o sangue de um animal contaminando pela doença, seja através de arranhões ou mordidas. Já a Leucemia Viral Felina pode ser transmitida através da saliva, secreções e pelo contato com fezes e urina contaminadas.

O Dr. Carlos Eduardo alerta ainda que gatos vivem em residências também correm o risco de se contaminarem. “É normal que os gatos errantes, que vivem nas ruas, estejam mais propensos a contrair as doenças, mas animais domésticos também estão em risco. Gatas fêmeas que sejam positivas no teste FIV FeLV também podem transmitir as doenças para seus filhotes, por meio da placenta durante a gestação ou da amamentação”, comenta.

CONVIVENDO COM A FIV

Janice Costa e o seu gato Cabeção

Descobrir que o seu gato tem uma doença incurável é desafiador e doloroso. E foi isso o que aconteceu com a técnica judiciária Janice Costa, que alimentava e cuidava do Cabeção, quando ele ainda morava nas ruas. Após descobrir que o gato havia sido cadastrado e testado positivo para a FIV, após ter sido resgatado pelo Projeto Manjedoura, ele o levou para casa onde hoje vive na companhia de outros gatos.

“Ele vivia nas ruas e eu o alimentava e outros gatos. Ele foi resgatado pelo Projeto Manjedoura, ele estava bem magrinho, então o castraram e, como ele estava um pouco debilitado decidiram fazer o exame. Deu positivo, então não devolveram ele para a rua, pois ele morreria logo. Como eu cuidava dele fiquei desesperada procurando ele. Foi quando descobri que os voluntários do Projeto estavam com ele e ele havia testado positivo para FIV”, lembra Janice.

Mesmo sabendo que a doença pode ser contagiosa ela não teve dúvidas e levou o Cabeção para casa, onde ele convive com outros 10 gatos.

“Como eu tinha outros gatos a princípio fiquei com medo de trazer ele para minha casa, mas quando ele morava na rua eu havia prometido a ele que ele se aposentaria no minha cama. Eu pesquisei sobre a doença e cheguei à conclusão que a transmissão se dá através de mordidas e unhadas, o que acontece nas ruas quando eles disputam territórios. Então, o trouxe para minha casa. Além disso, ele é um gato tranquilo”, comenta.

Hoje, Cabeção tem uma vida saudável, ao lado de sua tutora e irmãos felinos e não tem nenhuma sequela da FIV.

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