No Brasil, mais de 54% das pessoas entre 16 e 25 anos estão infectadas com HPV, sendo que 38,4 % são casos de alto risco. As informações são do Ministério da Saúde. Com o feriado de Carnaval se aproximando, a pasta alerta para que a população fique atenta em relação à saúde, já que esse período favorece a transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

A ginecologista Denise Yanasse informa que o HPV é a IST mais frequente do mundo — e o grande causador de câncer de colo de útero em mulheres. Além disso, tem associação com outros tumores em homens e mulheres.

“A boa notícia é que tem prevenção. A camisinha é uma das formas, mas infelizmente não protege totalmente a infecção pelo HPV. A forma mais eficaz de prevenção é a vacina para HPV, que é dada gratuitamente pelo SUS [Sistema Único de Saúde] tanto para meninos quanto para meninas dos 9 aos 14 anos, também em caso de abuso sexual e para imuno suprimidos. Fora dessas situações, você consegue tomar vacina na rede particular”, explica.

Segundo a especialista, a vacina pode prevenir cerca de 70% a 90% dos cânceres de colo de útero.

Sintomas

Segundo o Ministério da Saúde,  a infecção pelo HPV pode demorar de 2 a 8 meses para apresentar os primeiros sinais, embora, em alguns casos, a manifestação de sintomas possa estender-se por até 20 anos.

É importante ressaltar que as manifestações tendem a ser mais frequentes em gestantes e em pessoas  com baixa imunidade. O diagnóstico da infecção é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, variando de acordo com a lesão.

A social mídia Gabriela Vilhena, 29 anos, moradora de São Paulo, relembra que o HPV ficou ativo em seu organismo em 2017. De acordo com ela, começaram a aparecer lesões e verrugas — o que fez com que procurasse um médico, que confirmou a IST.

“Era um tempo em que eu não me sentia confortável para ter relação sexual com ninguém, até porque eu podia transmitir para outras pessoas. Quando as primeiras lesões apareceram eu não sabia muito sobre a doença também, e quando você pesquisa no Google aparece câncer de colo de útero, e para mim já era uma coisa muito definitiva, como uma sentença, porque a gente não ouve falar o suficiente sobre HPV”, relembra.

Hoje, Gabriela explica que utiliza preservativos e faz exames regulares para evitar a IST. Além disso, ela procura manter sua imunidade alta, se alimentando bem e praticando exercícios.

No período de 2014 a 2022, a taxa de vacinação contra o HPV no estado de São Paulo atingiu 78% para a primeira dose e 59,6% para a segunda dose em meninas. Entre 2017 e 2022, os números foram de 58,4% para a primeira dose e 39,2% para a segunda dose em meninos.

 

Fonte: Brasil 61

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