Durante a sua 4ª etapa, a Fiscalização Preventiva Integrada (FPI/SE) flagrou e interditou dois matadouros clandestinos nos municípios de Nossa Senhora das Dores e Muribeca na sexta (04) e no sábado (05), respectivamente.
Em Nossa Senhora das Dores, a equipe de fiscalização encontrou diversas irregularidades, como a ausência de licença ambiental, de responsável técnico (ART) e de equipamentos adequados para o abate de bovinos. Além disso, o descarte dos resíduos sólidos e líquidos também não obedeciam as leis vigentes.
“Encontramos uma situação totalmente fora dos padrões. Os animais eram abatidos com utilização de uma marreta, e os dejetos eram jogados sem qualquer tipo de tratamento, o que é pior, a céu aberto e próximo ao abate”, destacou o vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Maciel Oliveira.
No dia seguinte, os fiscais flagraram bois sendo abatidos em um local com condições sanitárias precárias. Os resíduos sólidos e líquidos eram despejados sem qualquer tratamento em uma lagoa próximo ao matadouro, e os agentes observaram que não havia um médico veterinário no local para acompanhar o abate dos animais.
“O gado recebia marretadas na cabeça para depois ser feita a sangria, quando o correto é o uso da pistola pneumática, que ameniza o sofrimento do animal”, explicou a coordenadora da equipe Abate, Salete Dezen.
Segundo a assessoria de comunicação da FPI/SE, técnicos da Adema aplicaram multa aos dois matadouros e a definição de valores será feita após os desdobramentos necessários.
Durante a FPI/SE, mais de 200 profissionais de 27 instituições vão percorrer nove municípios para promover ações em defesa do Rio São Francisco. A coordenação é realizada pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual com apoio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF).