*Por Evelyn Mateus
Fibras alimentares ou fibras dietéticas são os termos utilizados para designar um grupo pertecente aos carboidratos, que o organismo humano não consegue digerir e que tem papel fundamental no controle e prevenção de algumas doenças.
Podem ser classificadas em:
Solúveis – apresentam alta viscosidade e capacidade de formar géis que auxiliam tanto na absorção de açúcares, como no metabolismo de colesteróis, melhorando dessa forma, o controle glicêmico e perfil lipídico. Por conta disso, o seu uso diário é fortemente recomendado para pacientes com obesidade, diabetes, hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia. Esse tipo de fibra, ainda é responsável pelo atraso no esvaziamento gástrico, culminando na sensação de saciedade mais prolongada, beneficiando dessa forma, aqueles que buscam o emagrecimento.
São elas: goma, mucilagem, pectina, inulina e algumas hemiceluloses, disponíveis na aveia, chia, pysillium, banana, maçã, morango, alho, cebola, entre outros alimentos.
Insolúveis – retêm água no intestino e por isso ajudam a dar peso, volume e maciez às fezes. Além disso, servem como substrato para fermentação produzida pelas bactérias da microbiota intestinal, o que resulta em benefícios como prevenção de infecções e inflamações, melhora no quadro de colite e proteção contra o câncer colorretal. São indicadas também para quem sofre com constipação crônica e deseja melhorar o trânsito intestinal. Vale ressaltar que é de suma importância, o adequado aporte hídrico, pois o consumo dessas fibras sem a ingestão de água pode causar o efeito contrário e provocar ressecamento.
Fazem parte desse grupo a celulose, hemicelulose, lignina e algumas pectinas, que são encontradas nas cascas de frutas, castanhas, farelos, grãos integrais, ervilha, soja, hortaliças e em todos os tipos de feijões
Inseri-las nos hábitos alimentares não é difícil, visto que a maioria dos alimentos possuem componentes de fibras solúveis e insolúveis, mesmo que em pequenas proporções.
De maneira geral, a recomendação para adultos saudáveis varia entre 25 a 35g ao dia. Porém, em situações especiais como diabetes, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, obesidade e doenças inflamatórias intestinais, devem ser avaliadas individualmente por um nutricionista para receber orientações adequadas.
*Evelyn Mateus – Nutricionista formada pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), Pós-Graduada em Nutrição Clínica e Esportiva pela FATELOS