A Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) chama a atenção para os danos provocados pelo uso indiscriminado de produtos de limpeza domésticos, como xampus, cremes dentais, detergentes, desinfetantes, sabão em pó, desengraxantes, amaciantes de roupas, entre outros itens não biodegradáveis ou de difícil decomposição. Esses materiais comprometem a eficiência do sistema de coleta e tratamento de esgoto, podendo causar entupimentos nas tubulações e transtornos à população.

Grande parte dessas substâncias contém componentes químicos que interferem nos processos físicos, químicos e biológicos realizados nas estações de tratamento de efluentes. “As cargas orgânicas presentes no esgoto podem ter sua decomposição dificultada pela ação direta de diversos produtos utilizados na limpeza do dia a dia. Muitos desses itens apresentam caráter ácido ou alcalino, o que altera o pH do efluente. Essa variação prejudica o ambiente necessário ao desenvolvimento dos microrganismos responsáveis pela degradação da matéria orgânica. Além disso, contribui para o acúmulo de resíduos em fossas e encanamentos, provocando entupimentos por falta de decomposição adequada”, explica Harali Brasil da Silva Gomes, coordenadora de Tratamento de Esgoto da Deso.

Conscientização e alternativas sustentáveis

Como forma de minimizar esses impactos, a Deso desenvolve um projeto de educação ambiental, com foco na promoção do uso consciente de produtos certificados e biodegradáveis. A iniciativa recomenda a substituição de agentes químicos convencionais por alternativas mais sustentáveis, como vinagre, bicarbonato de sódio e limão, eficazes em diversas tarefas domésticas.

“Por meio de campanhas, oficinas, palestras e ações práticas, buscamos sensibilizar a população sobre os prejuízos causados por certos produtos às redes coletoras e às estações de tratamento. A ineficiência no tratamento de esgoto pode resultar em sérios danos ambientais, incluindo a contaminação da água, prejuízos à fauna e à flora, além de riscos à saúde pública”, ressalta o coordenador de Educação Ambiental da Deso, José Jorge Silva Santos.

Fonte, Secom – Estado.

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