Rodrigo Marconi lança CD de estreia intitulado “Correspondências” com algumas de suas dezenas de composições. De produção independente, gravado e mixado na Casa Estúdio (RJ) e com distribuição nacional pela Tratore, o álbum reúne 6 obras, divididas em 15 faixas, considerando seus movimentos.

O título do disco registra, mais do que tudo, o diálogo de sua obra com as mais variadas expressões artísticas. “No campo das artes, correspondência significa, acima de tudo, diálogo. Diálogo que nas minhas composições atravessa o fantástico universo do poeta português Fernando Pessoa e seus heterônimos, a leitura de mundo do semiólogo francês Roland Barthes, a postura política e artística do teatrólogo e poeta Berthold Brecht e uma infinidade de outras referências que interferem, contaminam e potencializam a minha música”, ressalta Marconi.

Escrita para flauta, clarinete e vibrafone, ‘Golpes de Pequenas Solidões’ é inspirada pela percepção e leitura de mundo de Roland Barthes (1915-1980).  Em ‘Impropérios’, escrita para vibrafone, brilha a execução de Joaquim “Zito” Abreu, em cinco pequenas peças. A música busca ressaltar uma dicotomia intrínseca na palavra “Impropérios”: ao mesmo tempo que significa um discurso ofensivo, injurioso, desrespeitoso… é também uma antífona da liturgia católica cantado durante a semana santa (hinos de louvor).

O duo de flauta (Reinaldo Pacheco) e clarinete (Moisés Santos) dá cor a ‘Canções Para os Dias de Sol ou de Chuva’, escrita em três movimentos especialmente para os próprios intérpretes, amigos de Marconi.  A partir do violão de Fábio Adour, os três movimentos de ‘Brechtianas’ representam uma singela homenagem ao dramaturgo e encenador alemão Berthold Brecht (1898 – 1956). Ao mesmo tempo, faz referência às “Bachianas”, a obra-prima escrita por Villa-Lobos em homenagem e devoção a Johann Sebastian Bach.

O piano de Ronal Silveira nos dois movimentos de ‘No Bosque dos Espelhos’ realça o convite do ouvinte a um passeio nos labirintos do seu próprio ser. O disco chega ao final reunindo flauta (Reinaldo Pacheco), clarinete (Cesar Bonan), violino (Angelo Martins), violoncelo (Luciano Corrêa) e piano (Mateus Araujo) em ‘Às Várias Pessoas de Fernando’, uma referência ao célebre poeta português Fernando Pessoa. 

Sobre Rodrigo Marconi

Compositor, musicólogo e professor carioca, Rodrigo Marconi iniciou-se na música aos 12 e, aos 18, já trabalhava em composições para teatro e cinema. Seu ingresso na música de concerto aconteceu em 2008, com sua primeira participação no Panorama da Música Brasileira Atual da Escola de Música da UFRJ. Bacharel em composição musical pela Universidade Estácio de Sá (UNESA), teve a oportunidade de estudar com os compositores Guilherme Bauer, João Guilherme Ripper e Tato Taborda. Licenciado em Educação Artística com habilitação em Música pelo Conservatório Brasileiro de Música (CBM-CEU) é mestre em Musicologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).

Foi um dos compositores contemplados com o ‘Prêmio FUNARTE de Música Clássica 2016’ com o trio “O Despertar da Intratável Realidade” para violino, violoncelo e piano, obra que teve sua estreia na XXII Bienal de Música Brasileira Contemporânea (2017). Atualmente, leciona na Escola Estadual de Teatro Martins Penna (FAETEC-RJ) e na graduação do Conservatório Brasileiro de Música (CBM-CEU).

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