
Mais de 4,2 milhões de idosos já emitiram a sua nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) em todo o Brasil. Esse número representa mais de 21 mil salas de cinema lotadas, seis vezes mais do que o número de salas que o país possui hoje. Segundo a legislação brasileira, as pessoas idosas são aquelas com mais de 60 anos. No total, mais 27,7 milhões de brasileiros já tiraram a CIN até o momento. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) nesta terça-feira (17/6).
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui atualmente cerca de 33 milhões de idosos. Rosanne Assreuy é uma dessas pessoas “mais experientes, gente que tem muita coisa boa para oferecer ainda”, como ela gosta de contar.
A carioca se mudou para Brasília em 1962, tendo morado e estudado na Asa Sul desde essa época. Inclusive, sua primeira carteira de identidade foi emitida no final dos anos 70 em um antigo posto de identificação que existia entre as quadras 108 e 308, local perto de sua residência. “Eu acho linda a minha antiga também. Eu gosto tanto que eu guardo com muito carinho, bem ‘conservadinha’”, revela.
Já a CIN, ela agendou pela internet e emitiu no Na Hora, localizado na rodoviária de Brasília, em fevereiro de 2025. “E foi rapidinho também. Depois de 20 dias, voltei lá e busquei”, ela relata. Entre as diferenças entre os dois documentos, Rosanne destaca o número único da CIN. “Hoje em dia é uma coisa só, é só o número do seu CPF. É uma facilidade, é uma segurança a mais. Porque você tendo um número só, uma coisa uniforme para o país todo, eu entendo que você diminui a possibilidade de falcatruas”, explicou. “Isso é muito importante porque cada um podia ter 27 identidades”, complementa.
Rosanne recomenda a emissão da CIN para todas as pessoas idosas. “Acho importante que façam. Tudo que vem para atualizar, para facilitar, é importante que a gente se atualize e que faça”, disse. Inclusive, ela também usa a plataforma GOV.BR e já tinha uma conta Ouro mesmo antes de emitir a sua CIN. “Eu uso bastante o GOV.BR, porque eu uso e-social, uso O Meu SUS Digital, que é para a gente olhar lá as vacinas, tudo bonitinho, registrado, acho ótimo”, celebra.
Outro idoso que também emitiu a nova carteira de identidade recentemente foi Clodomir Cardoso Rosa. Natural de Passagem Franca, no Maranhão, Rosa emitiu a CIN em São Luís em maio deste ano. Com 97 anos, o seu documento anterior tinha mais de 30 anos. Ele fala que foi “rapidinho tirar agora”.
Para Clodomir, um dos motivos para emitir a CIN foi para facilitar a identificação em aeroportos. “O pessoal do aeroporto estava reclamando porque o documento era muito antigo. Aí eu tirei, fiz essa nova documentação e pensei que fosse pegar um outro número, mas pegou o número do CPF”, relata. “Eu recomendo porque é uma numeração só, você não precisa ter número de carteira de identidade, número de CPF, número disso ou daquilo, é um número só, é o CPF e tá pronto”, acrescenta.
O Decreto nº 10.977, publicado em fevereiro de 2022, estabelece prazos de validade da nova carteira de identidade do brasileiro, leia abaixo:
- 0 a 12 anos incompletos – validade de 5 anos.
- 12 a 60 anos incompletos – validade de 10 anos.
- Acima de 60 anos – validade indeterminada.
Prazo para a emissão
Todos os brasileiros têm até 2032 para emitir a sua CIN. A nova carteira é um documento confiável, seguro, disponível em formato físico ou digital e possui número único nacional, o CPF. “A primeira via da CIN é gratuita para todas as pessoas, basta acessar o gov.br/identidade para saber como agendar a expedição em seu estado”, afirma o secretário de Governo Digital, Rogério Mascarenhas.
Uma outra vantagem da CIN é a ampliação da segurança da conta GOV.BR, pois a nova carteira facilita o acesso a uma conta Ouro na plataforma do governo federal. Atualmente, o GOV.BR possui mais de 168 milhões de usuários e mais de 12 mil serviços disponíveis, sendo 4.500 serviços digitais federais e outros mais de oito mil de 16 estados.
Seguem abaixo dados da emissão para idosos por estado:
Estado | Quantidade de emissões |
Acre | 236.124 |
Alagoas | 86.392 |
Amazonas | 86.545 |
Amapá | 1.038 |
Bahia | 124.938 |
Ceará | 210.224 |
Distrito Federal | 71.573 |
Espírito Santo | 58.551 |
Goiás | 186.798 |
Maranhão | 119.478 |
Minas Gerais | 597.341 |
Mato Grosso do Sul | 73.997 |
Mato Grosso | 112.928 |
Pará | 3.589 |
Paraíba | 80.282 |
Pernambuco | 186.556 |
Piauí | 167.680 |
Paraná | 332.945 |
Rio de Janeiro | 350.157 |
Rio Grande do Norte | 73.943 |
Rondônia | 32.389 |
Roraima | 2.354 |
Rio Grande do Sul | 441.52 |
Santa Catarina | 233.612 |
Sergipe | 65.709 |
São Paulo | 517.772 |
Tocantins | 24.993 |
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