Nesta quarta-feira, 4, representantes das comunidades dos bairros diretamente beneficiados pela obra de construção da avenida Perimetral Oeste participaram de uma visita guiada com equipes da Comissão de Acompanhamento de Obra e Projeto (Caop) e da Prefeitura de Aracaju. A iniciativa segue os trâmites estabelecidos com essa população para o  acompanhamento da execução do projeto.
As obras de construção da Perimetral Oeste, a nova avenida da capital sergipana que atravessará os bairros Jardim Centenário, Bugio, Soledade, Santos Dumont e Lamarão, ligando Aracaju ao município de Nossa Senhora do Socorro, avançam em diversos trechos, nas etapas 1, 2 e 3. Financiado com recursos do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), este é o projeto principal do Programa de Requalificação Urbana de Aracaju – Construindo para o Futuro.
De acordo com a técnica de referência do projeto da avenida Perimetral Oeste na Diretoria de Habitação da Secretaria Municipal de Assistência Social, Alexandra Freire, a visita é realizada para possibilitar que representantes das comunidades por onde passará a nova avenida possam ficar cientes sobre todo o andamento da obra, a fim de socializar as informações do projeto e todas as vertentes que ele alcança.
“Essa atividade desenvolvida hoje com a Comissão de Acompanhamento de Obra e Projeto está dentro do eixo de mobilização, organização e fortalecimento social. Com isso, a gente quer que a comunidade se organize para que possa acompanhar todas as ações desenvolvidas dentro do projeto da avenida Perimetral. Eles precisam conhecer a obra, ter previsões sobre o andamento, períodos que a gente possa estar concluindo partes e a fase que a obra se encontra. Quando a gente traz esses representantes, é para que eles sejam multiplicadores de informação. Temos um cronograma para estarmos a cada três meses fazendo essa visita e também uma demonstração do andamento do projeto como um todo, especificando todas as ações que são desenvolvidas tanto na área de mobilização, quanto na área de educação ambiental e patrimonial, e também na área de desenvolvimento socioeconômico”, explica.
A engenheira florestal e coordenadora ambiental do Programa Construindo para o Futuro, Heloisa Rodrigues, destaca a importância dessa visita ao local das obras para os representantes das comunidades, pois permite a eles entender diversas questões relacionadas ao projeto. Ela explica que essa pessoas foram escolhidos durante  as consultas realizadas junto às comunidades, e que, durante a visita, esse grupo pode observar “não só a questão do andamento da obra em si, mas também as questões que envolvem a segurança no trabalho, a segurança comunitária, o que temos realizado para mitigar os impactos com relação à obra, além das das questões ambientais, com todas as licenças, autorizações, área onde existirá a Unidade de Conservação do Lamarão e, com isso, trazer essas pessoas para junto desse processo que transformará a vida delas”, detalha.
Representantes das comunidades
Entre a visita a uma etapa e outra, os representantes das comunidades esclareceram dúvidas com engenheiros, junto às equipes sociais e outros membros da Prefeitura de Aracaju no que diz respeito ao andamento das obras, enquanto fotografavam e filmavam para o que viam para compartilhar as informações, como fez Jaqueline Panta, representante comunitária da etapa 1.
“Eu achei espetacular essa visita, porque além de poder acompanhar tanto a primeira como a segunda e terceira etapas, a gente iniciou nas obras das casas. Lá, os engenheiros esclareceram nossas dúvidas, mostrando como tudo está acontecendo no local e nos passaram bastante segurança de que as obras estão ocorrendo como devem ocorrer. Já na primeira etapa, eu vi que já está tudo com o caminho muito bem andado. As expectativas são grandes e, imediatamente, através do WhatsApp, eu já passei todas as informações para a comunidade e está todo muito feliz e empolgado. Agora é só esperar”, disse ela.
Já Crislan Cardoso, representante comunitário da etapa 2, mostrou-se surpreso com o procedimento que é adotado para a execução das obras e o cuidado para que tudo ocorra dentro das garantias de que a população tenha moradias dignas e uma avenida de qualidade, tendo em vista, principalmente, que sua preocupação e de alguns moradores locais era com o solo do local, que fica próximo a uma área de manguezal.
“Eu vi que a obra está andando e gostei muito do desempenho e cuidado que tem sido tomado em relação ao solo. Existe todo um aparato em melhoria para que não tenham rachaduras nas casas, todos abrangendo a preocupação com a população para oferecer um ótimo trabalho. Tem várias equipes trabalhando com isso e admito que estou surpreso com o cuidado tomado com essa obra, da união das equipes e dos trabalhos em cima das normas para que o projeto venha a ser cada vez melhor. Gostei muito de toda a preparação que está tendo aqui e foi um alívio estar vendo todo o trabalho realizado ao longo da obra”, destacou.
Para a representante comunitária da etapa 3, Maria Fabiana Santos, a visita se torna uma ação muito importante para levar aos outros moradores dos bairros as informações que podem sanar as principais dúvidas referentes ao projeto e ao andamento das obras.
“Essa visita que realizamos foi muito boa, porque conhecemos a nossa habitação, o processo de construção e tem sido muito bacana todo o trabalho de assistência das equipes do projeto. Eu, como representante, acabo sempre levando as informações para o pessoal e eles sempre perguntam algumas coisas sobre a obra, daí a gente tem que saber responder, por isso as euipes passam sempre tudo bem direitinho pra gente, para que possamos ter todas as respostas para as outras pessoas e deixar todo mundo por dentro de tudo que está acontecendo aqui”, afirmou.
Sobre a Caop
Composta por representantes escolhidos pela comunidade de cada etapa, cujo atendimento já foi iniciado, a Comissão acompanha o planejamento e a execução das frentes de obra da avenida Perimetral Oeste. Parte importante do Programa de Requalificação Urbana executado pela Prefeitura de Aracaju, a construção da avenida se encontra em execução em trechos distintos ao longo de seu percurso.
Também integram a comissão representantes da Prefeitura, da supervisão do projeto, da construtora, da empresa supervisora de obras, e da Diagonal, empresa que realiza o Trabalho Técnico Social.
Entre as atribuições, a Caop possibilita a efetividade da participação popular nas discussões sobre outros eixos do projeto, para além da obra física. Ações educativas, oficinas e cursos de capacitação são exemplos de ações que estão previstas no Trabalho Técnico Social e sobre as quais a comunidade poderá opinar.
Fotos: Sergio Silva/Secom

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