Hoje nem quero falar dos surrupiados artistas sergipanos, que abrilhantaram as festas de Ará, em junho(!) e até esta data não viram a cor do dinheiro, depois de derramarem seu suor pelas noites, oferecendo circo ao povo nessas festas de Aracaju.

Se existe uma forma de burlar o orçamento público é através da contratação de artistas. Esse tipo de contratação escapa, em casos de profissionais consagrados, da competitividade presente nas contratações de serviço pelos entes públicos, como acontece, amiúde, nessas festas de Aracaju.

O artigo 25, inciso III, da Lei Geral das Licitações, Lei 8.666, reza que a licitação é inexigível “quando houver inviabilidade de competição, em especial: para contratação de profissional de qualquer setor artístico… desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública”. O poder público parece abusar dessa exceção, nessas festas de Aracaju.

Esse benefício tem oferecido pano para as mangas de gestores públicos corruptos, aqui sem especificar ninguém, por enquanto. Apenas se constata o que é sabido por qualquer um que se interesse pela conduta dos responsáveis por secretarias ou entidades públicas que se relacionam com o show business, nessas festas de Aracaju.

É bom que os gestores tenham presente que, no seu parágrafo segundo, esse mesmo normativo estabelece que: “.. em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável…”. É bom ficar de olho nessas festas de Aracaju.

Sergipano adora festas juninas, com a sua bela música, suas danças e suas comidas típicas, suas fogueiras e seus fogos de artifício. Essa rica musicalidade nordestina está contaminada, é bem verdade, por ritmos de gosto duvidoso e que nada têm a ver com a nossa cultura. Mas isso já é outro tema, embora relacionado com essas festas de Aracaju.

“Como foi possível, por exemplo, que o consagrado artista Michel Teló tenha se apresentado, com a sua banda, em Aracaju, por R$20 mil reais?”

O que as festas de Aracaju têm mesmo em comum? As denúncias de achaques, mentiras e contradições. Como foi possível, por exemplo, que o consagrado artista Michel Teló tenha se apresentado, com a sua banda, em Aracaju, por R$20 mil reais, como consta na “transparência” da PMA?! No site “correio24horas” consta a média de cachê dos artistas por show, e o de Michel Teló é um dos mais caros, por R$350 mil.

No diário Oficial da União, consta a contratação desse mesmo cantor por R$180 mil reais. Então, por que cargas d´água aparece o valor de R$20 mil no “portal da transparência” da prefeitura? Este valor irrisório também está no Plano de Trabalho do Convênio 869421/2018, firmado entre a Prefeitura de Aracaju e o Ministério da Cultura, para o Forró Caju 2018!!! Quem pagou a diferença? Mesma coisa para Elba Ramalho e Alceu Valença. De onde saiu o dinheiro para essas festas de Aracaju?

A coisa é tão grave que o TCE, o TCU e os MPs deveriam ter, se ainda não têm, auditores, com tempo e empenho, especialistas em festas públicas, porque o que acontece nestas terras sergipenses, neste ano de 2018 é, negativamente, espetacular. Polícia Federal, intercedei por nós! Vamos fiscalizar e dar cobro nessas misteriosas festas de Aracaju.

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