Ex-prefeito quer disputar o Senado pelo PL, mas não descarta troca de partido

Por Habacuque Villacorte – Da Equipe Cinform On Line

A reportagem conversou com o ex-prefeito de Itabaiana, Adaílton Sousa (PL), que confirmou, com exclusividade, que é pré-candidato ao Senado Federal no próximo ano e acrescenta que deseja ser o “senador de Valmir”, em alusão ao atual prefeito serrano, Valmir de Francisquinho (PL) que, para Adaílton, conseguirá reverter o impedimento judicial que o tornou inelegível e disputará o governo do Estado pela oposição, atendendo ao desejo da população sergipana.

“Quero assegurar para você que sou pré-candidato ao Senado no próximo ano. E quero ser o ‘senador de Valmir’! Tudo vai depender do nosso prefeito e líder Valmir de Francisquinho e se o nosso nome tiver a aprovação do povo sergipano. Acho que temos condições de contribuir com o nosso Estado, assim como fizemos pelo nosso município”, anunciou Adailton Sousa.

O ex-prefeito de Itabaiana disse tem o apoio do PL serrano, mas que vai dialogar com a Executiva Estadual do partido. “Vamos conversar com o presidente estadual do PL e manifestar a nossa intenção de disputar o Senado. Nossa intenção é permanecer na legenda, mas se não tiver espaço, nós podemos buscar outra legenda para tentar construir esse projeto vencedor de grupo”.

“Sou muito grato pelo deputado estadual Georgeo Passos que, na condição de presidente estadual do Cidadania, já nos formalizou um convite para disputarmos o Senado pela legenda dele, e ratificou sua intenção da tribuna da Assembleia Legislativa. Existem rumores e conversas com outras legendas, mas isso a gente deixa nos bastidores, até porque nossa intenção ainda é seguir no PL”, completou o ex-prefeito de Itabaiana.
Segundo voto

Adaílton tem consciência das dificuldades que terá pela frente ao anunciar sua pré-candidatura ao Senado, quer ser o escolhido por parte dos sergipanos, mas reconhece a importância de ser o “segundo voto” na opção para Senador. “Já vimos José Eduardo Dutra, Almeida Lima e, mais recente, Alessandro Vieira (MDB), foram exitosos como o segundo voto para o Senado. Quero ser a primeira opção, mas também não tenho problema em ser esta segunda opção (risos)”.

Sem restrições

Questionado pela reportagem se faz algum tipo de restrição aos atuais pré-candidatos ao Senado para compor uma chapa, Adaílton explica que não tem problema com ninguém. “É preciso que conversem com Valmir. Sobre André (Moura) acho que tudo é possível; se Rodrigo (Valadares) for pré-candidato pelo PL podemos caminhar juntos. Eu não faço restrição a ninguém! E não sou ingrato ou hipócrita em deixar de reconhecer que Sergipe é bem representado pelos três senadores atuais”.

“Os três me ajudaram enquanto eu comandei a Prefeitura Municipal de Itabaiana. Mas, assim como no governo, percebo que há na sociedade um desejo por renovação na política, com novos nomes. Posso lhe antecipar que o deputado federal Ícaro de Valmir (PL) e o deputado estadual Marcos Oliveira (PL) são minhas opções de voto já definidas. Defendo a reeleição dos dois porque tenho convicção da importância dos mandatos deles”, cravou o ex-prefeito.

Situação de Ícaro e Valmir

Adaílton disse que tem total confiança na reversão do impedimento jurídico do deputado federal Ícaro e do prefeito Valmir de Francisquinho. “Não conheço outra pessoa que queria ser pré-candidato a governador pela oposição com o potencial de Valmir. Com todo respeito a Emanuel Cacho, mas acho que o nosso prefeito continua sendo o nome mais competitivo e com reais chances de vencer a eleição”.

“Sua popularidade continua alta e as pessoas demonstram isso nas ruas, por esse desejo de mudança e renovação na nossa política”, disse, acrescentando que o desejo dele e de Valmir é de continuar no PL, mas a legenda precisa ouvir quem tem o respaldo popular. “Um líder político com a expressão de Valmir em Sergipe precisa ser mais ouvido! A opinião dele precisa ser respeitada dentro da legenda”.

Gestão em Itabaiana

Adaílton foi questionado pela reportagem sobre as críticas dos adversários políticos de Valmir de Francisquinho sobre a sua gestão em Itabaiana, dizendo que “tudo não passa de marketing”. “Valmir tem se dedicado em dar continuidade ao volume de obras em Itabaiana, que somam mais de R$ 100 milhões em investimentos. Propaganda? Marketing? São mais de 12 obras em andamento e umas 20 em licitação. São muitos recursos públicos sendo investidos no nosso município”.

Sobre as críticas feitas à Saúde e a ausência de uma UPA 24 horas, Adaílton que é ex-prefeito disse que “uma UPA, de fato, melhoraria os atendimentos de urgência e emergência, mas nós temos em Itabaiana um Hospital Regional que funciona 24 horas! Já conversei com o governador e disse a ele sobre a importância de ele dar as mesmas condições aos hospitais regionais que temos no HUSE (Hospital João Alves Filho) em Aracaju”.

“Isso já acontece aqui do lado, no Estado de Alagoas. Temos a assistência da rede na capital, mas temos bons hospitais pelo interior. Hoje se um cidadão fratura uma perna em Itabaiana, ele vai para o hospital regional e de lá é transferido para o HUSE, onde fica na maca pelo corredor, por alguns dias, esperando pela cirurgia. O mesmo acontece no caso de um traumatismo por causa da superlotação. Acho que o governador tem que pensar grande neste sentido”, completou Adaílton.

Festival x Feira do Caminhão

Por fim, o ex-prefeito comentou a polêmica envolvendo o show de Alok, nos próximos dias em Itabaiana e a Festa do Caminhão, comparação que vem sendo feita por setores da imprensa. “Esse Festival foi iniciado no ano passado, período pré-eleitoral, e a contratação do artista (Alok) é mais um desejo pessoal do que qualquer outra coisa! Não se compara com a Feira do Caminhão, que além dos shows, temos uma programação diversa, ampla e bem mais variada”.

“São 12 anos sem o apoio do governo, apenas com o policiamento. São várias atrações em um evento que é amplo! Que valoriza as nossas tradições. E ainda é uma grande oportunidade para a realização de bons negócios. A Prefeitura de Itabaiana é uma parceria do Banese de mais de R$ 50 milhões, mas a Festa do Caminhão não tem um apoio sequer! E olhe que o Banco do Estado segue patrocinando diversos eventos, na capital e no interior”, concluiu Adaílton.