O período de festividades também deve ser marcado pela união de toda a sociedade no combate a qualquer tipo de violência contra a mulher. A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal do Respeito às Políticas para as Mulheres (SerMulher), alerta que as estatísticas apontam um aumento significativo nos casos de agressões e feminicídios no final do ano. Dos 13 feminicídios registrados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) em Sergipe este ano, quatro ocorreram em Aracaju, sendo três apenas nos últimos 11 dias.

A secretária da SerMulher, Elaine Oliveira, enfatiza que o enfrentamento à violência contra a mulher e, consequentemente, ao feminicídio, exige a união de todos. “Infelizmente, as estatísticas se confirmaram também na nossa capital. No período das festas de fim de ano, as pessoas consomem mais bebida alcoólica, permanecem mais tempo em casa e, com isso, esses crimes acabam acontecendo com maior frequência. Essa é uma luta de toda a sociedade e dos poderes públicos: do Legislativo, que cria as leis; do Executivo, que as executa; e do Judiciário, que aplica as punições previstas”, ressaltou.

Desde a sua criação, a SerMulher iniciou atuação direta em campo, especialmente no combate à violência contra a mulher, ainda em junho deste ano. “A secretaria nasceu a partir do olhar sensível da prefeita Emília Corrêa, que cumpriu, já no primeiro ano de gestão, uma promessa de campanha. Mesmo sem orçamento próprio, ainda no mês de junho, durante o Forró Caju, iniciamos a campanha ‘Não é Não’, levando informações à população sobre os diversos tipos de violência que as mulheres podem sofrer”, explicou Elaine Oliveira.

O enfrentamento à violência contra a mulher foi intensificado no mês seguinte, com a campanha Agosto Lilás, iniciada dentro dos próprios órgãos municipais. “Sempre adotamos a perspectiva de dentro para fora. Durante a campanha, passamos por todas as secretarias e órgãos municipais, além de ampliar o debate com a sociedade, em empresas privadas, terminais de ônibus e dentro dos coletivos”, destacou a secretária. Ela acrescentou ainda que, “em grandes eventos, como o Pré-Caju e agora no Réveillon, reforçamos que, quando uma mulher diz não, é não. Festa boa é aquela com zero assédio e 100% respeito”.

Em relação aos últimos casos de feminicídio, a equipe da SerMulher entrou em contato com os familiares das vítimas, colocando toda a equipe multidisciplinar à disposição. “Também estamos acompanhando o caso de uma jovem que escapou por pouco após ser brutalmente agredida pelo ex-companheiro, precisando passar por cirurgia e pela retirada do baço. Nosso trabalho é contínuo, seja no apoio às mulheres e seus familiares, seja levando informação à sociedade sobre os canais de denúncia e a importância de não se calar. Nessa luta, não é apenas a mulher em situação de violência que precisa agir. Toda a sociedade deve se posicionar. Quem presenciar qualquer tipo de agressão deve denunciar, pois a atitude salva vidas”, reforçou.

A SerMulher mantém um canal de escuta aberto e ativo por meio da Ouvidoria da Mulher. Denúncias e pedidos de orientação podem ser feitos pelo e-mail [email protected]  ou pelo WhatsApp (79) 98137-1409.

“Esse é um trabalho árduo, contínuo e coletivo, que passa, sobretudo, pela educação e pela informação sobre o que é violência. Passa também pelo envolvimento dos homens. Para isso, é fundamental contar com o apoio e o compromisso dos meios de comunicação e de toda a sociedade”, concluiu Elaine Oliveira.

Fonte, Agência Aracaju de Notícias.

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