O glaucoma é uma condição oftalmológica séria que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é uma das principais causas de cegueira irreversível. Essa doença ocular, muitas vezes silenciosa, pode progressivamente danificar o nervo óptico, levando à perda permanente da visão se não for diagnostica e tratada a tempo.
A doença é caracterizada pelo aumento da pressão intraocular. Isso ocorre quando o fluido aquoso, que normalmente drena do olho, não consegue fazê-lo adequadamente, levando a um acúmulo de pressão que danifica o nervo óptico. Essa pressão aumentada é, muitas vezes, assintomática nas fases iniciais, o que torna o diagnóstico precoce essencial.
Existem vários tipos de glaucoma, sendo os principais o glaucoma de ângulo aberto, também chamado de glaucoma crônico, afeta geralmente as pessoas acima dos 40 anos e representa 80% dos casos; glaucoma de ângulo fechado, a principal característica é que há um aumento súbito da pressão intraocular, turvamento da visão e dor intensa no olho afetado; e o glaucoma de pressão normal.
Drª Renata Macedo Nabuco Faro, oftalmologista
Segundo a médica Drª Renata Macedo Nabuco Faro, especialista em córnea do Hospital Ocular, não há cura definitiva para o glaucoma, por isso é importante uma consulta regular ao oftalmologista, especialmente se a pessoa fizer parte de um grupo de risco. “O diagnóstico é feito por meio de exames de pressão intraocular, exame de fundo de olho, campimetria visual e medição da espessura da córnea, entre outros testes”, explica.
Sintomas e tratamento
Nos estágios iniciais, o glaucoma geralmente não causa sintomas perceptíveis. Os sintomas podem incluir visão turva, dor nos olhos, halos em torno das luzes (uma espécie de contorno brilhante que aparece ao redor de objetos luminosos, como por exemplo uma lâmpada), perda gradual da visão periférica e, em casos avançados, perda de visão central.
Apesar de não tem cura, o glaucoma pode ser tratado. A conscientização, a detecção precoce e o tratamento adequado desempenham um papel vital na prevenção da perda de visão relacionada à doença. “O tratamento pode envolver o uso de colírios para reduzir a pressão intraocular, medicamentos orais, laser ou cirurgia, dependendo do tipo e da gravidade”, comenta a especialista.