Ao longo desta semana muito se falou acerca das possibilidades de alguns candidatos ao governo do Estado de Sergipe.

As eleições ocorrem no próximo ano, e algumas cabeças começam a racionalizar o velho conhecido jogo da democracia, quando os nomes envolvidos são de velhas raposas no cenário político destas terras de Serigy, com raros novatos.

É indiscutível o peso das forças do governo, coordenadas pelo experiente Belivaldo Chagas, um sujeito que já demonstrou sua capacidade aglutinadora nas últimas eleições para prefeitos e vereadores.

De seu grupo político, levando-se em conta os dados das referidas eleições, emergem nomes que agregam um excelente cabedal de votos, desde que marchem unidos como fizeram.

Há de se saber que não é fácil unir tantos egos em torno de um projeto. De cara, surgem nomes como o de Fábio Mitidieri, deputado federal, cujo grupo partidário somou o maior número de sufrágios em 2020, elegendo o mais expressivo percentual de prefeitos e vereadores.

Ao passo, surge Laércio Oliveira, também deputado federal, executivo com perfil para os desafios administrativos de gerenciar um Estado com tanta necessidade de crescimento no período pós-pandemia. Laércio, que preside a Federação de Comércio, Serviços e Turismo do Estado, conta com o forte do empresariado sergipano no segmento de comércio e serviços, além de notável densidade eleitoral em todos os municípios.

No comando da Prefeitura de Aracaju, surge o nome de Edvaldo Nogueira, um político que emerge das sombras e que conquista vitória após vitória, surpreendendo analistas de todos os vieses pela sua capacidade de adequar-se ao meio e ao momento. Gerencia um orçamento bilionários e pode voltar a surpreender.

Pelo Partido dos Trabalhadores, surge o imponderável Rogério Carvalho, um senador que surfa com facilidade pelo Planalto, com rara habilidade para ganhar eleições. Tem a vice-governadora do Estado, do seu partido, que pode, ou não, apoiá-lo. Fala-se que é um pré-candidato com “bala na agulha”, referência popular para quem tem recursos financeiros para investir numa disputa que costuma ter alto custo. Como se não bastasse, ainda há a possibilidade cada vez mais clara de uma candidatura de Lula à Presidência, o que catapultaria o nome do petista sergipano.

Mas, é preciso saber, também, o que vai sair da cartola do delegado Alessandro, senador que obteve a espetacular chancela de cerca de metade dos eleitores sergipanos. Seguirá sozinho e com a delegada Danielle? Manterá a insustentável aliança com os Valadares? Ou estes ficariam alinhados em Sergipe, como estão nacionalmente com o PT? Alessandro obteria, outra vez, a mesma densidade eleitoral?

São muitas perguntas que exigem reflexão na composição das chapas e, mais ainda, na cabeça dos eleitores, estes que não se cansam de equivocar-se na escolha dos seus representantes.

Se a política é um jogo, as cartas estão na mesa. Façam as suas apostas.

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