Setembro é um mês muito especial para mim. Neste mês completo oito anos que me lancei ao empreendedorismo, pois celebro oito anos da fundação da agência que piloto, a VIP. Como muitos sabem, a empresa surgiu após uma demissão. Era um sonho recorrente, mas cadê coragem de largar uma ficção de certo pelo incerto? O fato é que quando a semente é lançada em sonho, já existe em algum lugar. 
Uma empresa de comunicação que iniciou com o sol no signo de virgem em sua primeira versão: aterrada, metódica, detalhista, com todas as características predominantes de tal signo de terra. Este ano, com as mil e umas adequações que precisei implementar, a VIP mudou a identidade e ressurgiu com o sol em aquário, signo de ar, livre e muito inovador. Parece uma coisa surreal eu falar aqui de horóscopo em meio a um papo empresarial? Reflexo do novo modelo mental da VIP, e convenhamos, da liderança que a conduz: euzinha.
Nestes últimos oito anos refleti sobre fechamento de ciclos e início de outros. Dos clientes que temos maior sinergia e que atraímos. A maioria está conosco a médio e longo prazos. Marketing e comunicação são áreas altamente intuitivas, subjetivas, que prevalece estudo do comportamento do consumidor, sem abrir mão de entender de economia, sustentabilidade e estatística. Quando me perguntam no que a VIP é especializada, respondo que é em relacionamento.
E uso esse espaço não para falar apenas do meu trabalho, mas para afirmar que seu sonho é viável, está ao seu alcance, tá latejando dentro de cada um(a). Não me considero modelo, mas estou sempre em processo de evolução. E a agência ‘plasma’ no plano físico todas as transformações de vida por quais eu passei nesses oito anos. Percebo nos meus clientes mais antigos, alguns com quase oito anos também de parceria, como evoluímos nos processos, na forma de lidar com burocracias, de enfrentar problemas. Nos tornamos verdadeiros agentes da solução. 
E quanto mais essas relações de trabalho fluem considero-me uma verdadeira privilegiada por estar entre essas pessoas. É a minha rede de energia diária. Mas nem sempre foi assim. Sem contar os estágios, meu primeiro emprego foi em loja de shopping, numa franquia. Ali me tornei vendedora de qualquer jeito: de domingo a domingo, às vezes trabalhando de 10h às 22h. Eu dependia daquele trabalho para pagar aluguel e dar conta de terminar a faculdade. Também entendo o quanto essa jornada exaustiva me fez dar valor a todos os trabalhos honestos e onde se ganha o pão de cada dia. Eu pensava assim: não é o ideal agora, mas o suficiente para continuar subindo a escada.
E esses degraus, que muita gente pode interpretar como ascensão de carreira, podem ser degraus qualitativos ao invés de quantitativos. Eu já precisei “demitir” cliente ao invés de aceitar comportamento abusivo. É quando o menos vale mais. Vale mais saúde, vale a harmonia da equipe, vale paz, que interage com a criatividade. O líder não é o que está ali para agradar, mas se o mesmo consegue se fazer entender, dar significado, propósito e humanizar o trabalho, tem mais chances de acertar. 
Tenho ex-funcionária que se tornou amiga, há profissionais brilhantes que viveram ciclos na VIP que quando os vejo em atuação hoje, sinto uma felicidade tamanha. Os líderes que tive me influenciaram bastante. Alguns foram verdadeiros mentores de como conduzir uma orquestra. Minha última líder, Carol, também a considero amiga, pessoa que mais me influenciou a abrir a agência. Então o que preciso trazer a luz neste momento tão difícil para tantos empreendedores é que os nossos sonhos são importantes: investimos suor, persistência, vontade e gratidão a eles. 
Independente do ciclo que você esteja vivendo, é significante olhar para as nossas histórias pessoais e saber que fizemos tudo ao nosso alcance. O que não foi tão legal assim, porque erros todos nós cometemos, nos perdoemos e ressignifiquemos. Há janelas e portas que só se abrem através da dor mesmo. Eu nunca havia sido demitida até o momento de concretizar a VIP. Sou extremamente responsável com meu trabalho e já tive ex-líder que ficou magoado comigo quando pedi demissão. Hoje somos amigos porque num momento de necessidade, eu estava lá apoiando. Sou dessas (ele deve tá lendo isso e rindo!).
Quando a dificuldade nos pega pela mão e descortina-se um cenário, a vida lhe cobra uma mudança (geralmente é interna e que vai desdobrar no externo). Eu nem fui educada para ser empresária. Meu avô materno tinha um comércio, vendia tecidos, mas nem cheguei a conviver com ele e nem a família deu continuidade. Então culturalmente empreender não é uma coisa que tá no ‘sangue’. Empresas gigantescas, com alto faturamento, podem fechar as portas diante de uma crise de imagem séria, por exemplo.
Sinceramente eu não me impressiono com tamanho de marcas, mas com as causas que elas abraçam. Um mercado de causas tem sustentabilidade e se propõe a resolver problemas da sociedade. E dentro do exercício de ‘Oceano Azul’ (leiam este livro!), onde a concorrência se torna irrelevante, uma marca com causa, propósito e que encontra seu nicho segmentado, tem mais longevidade. Contudo, não se engane: esteja atento aos ditos ‘sinais do tempo’ anunciados há mais de dois mil anos por aquele que sempre cito aqui, Jesus. A nuvem pesada vem e você sabe que virá tempestade. 
Por isso a intuição será mais cobrada de todos que atuam no ramo empresarial. Um amigo jornalista, que foi convidado para fazer assessoria política de um candidato, veio me contar que havia três trabalhos para escolher e ele estava tentando ‘ajeitar’. Eu já o indaguei se não seria a hora de abrir uma agência de marketing político. Fica com os três clientes e se torna logo Pessoa Jurídica. A ideia não havia se passado na cabeça dele. É o sinal dos tempos: faça sua colheita!
Quando desenvolvemos mentoring assumimos muitos riscos e responsabilidades, mas junto a estes, recebo de presente o desabrochar de vários profissionais. E a partir daí percebo o quanto sucesso é algo infinitamente compartilhado. O sucesso solo, nesta era, é apenas ego gritando. Não acreditamos mais em semideuses, em promessas de pessoas que não trazem seus testemunhos de glórias e derrotas, mas sim pessoas reais, que têm suas dificuldades e estão dispostas a encarar com coragem e humildade os desafios. Também tenho meus mentores, minha terapeuta e professores. O processo nunca acaba.
E neste reset a partir deste 8º ano, considero-me recomeçando. Assim como foi um dia, trabalhando em home office desde o início da pandemia do coronavírus, mas agora com muito mais experiência e consciência do que outrora. E quando me perguntam novamente o que a VIP faz, respondo que é gerar confiança a partir de relacionamentos. E confiança gera credibilidade. E credibilidade gera caixa. Continuo subindo as escadas, mas com menos bagagem. Eliminei os pesos até em mim (42 off pós-bariátrica). 
E com o simbolismo do 8 deitado, que se torna infinito, vejo a minha vida e da minha filha, VIP, como um rio fluindo para o mar. É o símbolo do equilíbrio,  possui um valor de mediação entre o círculo e o quadrado, entre a terra e o céu, representa a inexistência de um começo ou fim. É uma ligação entre o físico e o espiritual, o divino e o terreno. Concluo nosso Espaço Reflexão com uma colocação profunda de Dalai Lama a respeito do sucesso, fazendo votos de que você que me lê encontre sucesso a cada dia, e desfrute-o, comemorando cada pôr do sol como quem sentiu gratidão por todos que ajudou neste dia através da bênção do trabalho.
“O planeta não precisa de mais pessoas de sucesso. Precisa desesperadamente de mais pacificadores, curadores, restauradores, contadores de histórias e amantes de todo tipo. Precisa de pessoas com coragem moral dispostas a aderir à luta para tornar o mundo habitável e humano. Essas qualidades têm pouco a ver com o sucesso tal como a nossa cultura o tem definido”.

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