Se confirmada, será a segunda grande perda do governo Bolsonaro
Até há bem pouco tempo o ministro mais bem avaliado do governo Bolsonaro, surfando em altas ondas de aclamação popular, algo próximo dos 80% de aprovação, o ex-juiz Sérgio Moro parece não resistir aos improvisos do presidente Bolsonaro.
Sua atuação no governo foi, recentemente, um pouco eclipsada pelo fenômeno Mandetta, guinado pela grande mídia ao posto de primeira figura da república, no caudal da pandemia de coronavírus, que chamou os olhos desta nação para o Ministério da Saúde.
Homem de indiscutível personalidade forte, o ministro da Justiça pediu demissão a Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (23), ao ser informado pelo presidente da decisão de trocar a diretoria-geral da Polícia Federal, hoje ocupada por Maurício Valeixo.
A pior situação de um ministro é ter um diretor sob sua pasta sendo exonerado, sem uma consulta prévia que seja, até para discutir situações técnicas e políticas e, inclusive, discutir eventuais substitutos.
Bolsonaro informou ao ministro, em reunião, que a mudança na PF deve ocorrer nos próximos dias. Moro então pediu demissão do cargo, e Bolsonaro tenta reverter a decisão.
Os ministros Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) foram escalados para convencer o ministro a recuar da decisão, enquanto as oposições fazem a festa.