Especialista explica distúrbio que pode atingir homens a partir dos 40 anos

Com o tempo os organismos de homens e mulheres produzem em uma quantidade menor hormônios importantes, como a testosterona (no caso dos homens) e o estrogênio (no caso das mulheres). O que acarreta inúmeros sintomas que prejudicam a qualidade de vida dos indivíduos.

Na mulher, isso é chamado de menopausa. Já nos homens é chamado de Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM). Algo que durante anos foi chamado erroneamente de “andropausa”.

Segundo o urologista Fábio Quintiliano, não há uma idade específica para que os homens entrem nesse período, mas alguns fatores contribuem para que haja uma diminuição na produção da testosterona.

Dr. Fábio Quintiliano, urologista

“Não existe uma idade específica para os homens entrarem no DAEM. Na verdade é mais prevalente em homens mais velhos, na maioria das vezes com mais de 40 anos, obesos, hipertensos, diabéticos, renais crônicos, ou seja, em homens com estado de saúde geral precário”, explica.

Por ser o principal hormônio masculino, a redução na produção da testosterona acarreta uma série de sintomas, como redução do desejo sexual, pêlos do corpo diminuído, aumento das mamas, diminuição da força muscular, obesidade, osteoporose, anemia e até mesmo depressão.

“A diminuição da testosterona afeta o funcionamento testicular e, consequentemente, acarreta um problema na produção de espermatozóides. Por isso, nessa fase de vida, os homens podem apresentar infertilidade”, comenta.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Segundo o urologista Fábio Quintiliano, o diagnóstico do DAEM é feito com base nos sinais e sintomas persistentes, além de exames laboratoriais para confirmar os baixos níveis hormonais.

“O tratamento baseia-se em mudanças comportamentais e TRT (Terapia de Reposição de Testosterona). Inicialmente com as preparações de curta ação e, depois de um prazo, com as preparações de ação de longo prazo”, explica.

Além da terapia de reposição hormonal, o médico sugere uma mudança nos hábitos para tratar as potenciais comorbidades. “Melhorar o estilo de vida, com prática de exercícios físicos e bons hábitos alimentares, reduzir o peso em caso de obesidade e trata as potenciais comorbidades. Otimizando o estado de saúde”, acrescenta.

O diagnóstico de Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM) exige uma mudança na frequência de ida ao urologista. “O próprio tratamento exige um seguimento mais próximo por parte do médico assistente, já que são necessárias visitas a cada 3 meses para a realização de exames de monitoramento”, alerta.

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