Pela sexta temporada, o Banco do Brasil obteve o reconhecimento de banco mais sustentável do mundo. A classificação é feita pela Global 100 (Corporate Knights), lista anual das 100 empresas com essa qualificação, divulgada no Fórum Econômico Mundial. José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Negócios, Governo e Sustentabilidade Empresarial do BB, afirma que, além de as operações que buscam a sustentabilidade trazerem lucro aos seus acionistas – entre eles a sociedade brasileira, acionista majoritária -, o banco ganha em posicionamento.

Ou seja, chegar a usuários que nunca tiveram uma conta em banco, como ele observa, e oferecer crédito e preparação para a gestão do negócio, não só fortalece esses cidadãos para extrair sustento de seu empreendimento sustentável como os estimula a seguir tirando seu sustento de um ambiente protegido por eles próprios. “Eu acho que isso é muito importante para a sobrevivência do mundo, a manutenção de um mundo mais sustentável”, resume Sasseron, nesta entrevista a Graziele Bezerra, do Canal Gov.

Na conversa, o vice do BB comenta ainda sobre uma ferramenta chamada Árvore BB, utilizada para apurar expectativas de seu público em relação a práticas sustentáveis. O resultado foi transformado em livro e distribuído na COP 30 em Belém. Desse modo, o banco compartilha com outras instituições e com o público em geral o que os 8 mil entrevistados, a maioria jovens, espera do futuro. E de um banco.


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O Banco do Brasil tem uma ferramenta chamada de Árvore BB que funciona baseada em inteligência artificial, né? O que essa ferramenta faz?

Essa ferramenta foi lançada no ano passado, por ocasião do G20, e desde então nós ouvimos 8 mil pessoas no Brasil inteiro, nos vários biomas, em vários eventos nos quais o Banco do Brasil patrocinou. Perguntou-se basicamente o que as pessoas esperavam do Brasil daqui a alguns anos e que as soluções esperam para a emergência climática, para um mundo mais sustentável. Essas 8 mil pessoas expuseram as suas opiniões, e hoje lançamos um livro contendo a síntese de todas as opiniões, de todas as sugestões.

A inteligência artificial foi usada exatamente para coletar, para elaborar a sondagem sobre o que as pessoas pensam. E o mais importante é que a maioria dessas 8 mil pessoas é composta por jovens de 18 a 30 anos. Então, é uma opinião de quem está pensando no seu futuro e no dos seus filhos, dos seus amigos.

E como é que os bancos podem atuar pensando em sustentabilidade?

Nós podemos apoiar muito. Banco financia, faz operação de crédito, atua como intermediador financeiro. Financiamos energia renovável, por exemplo. Temos uma carteira de crédito de R$ 1,2 trilhão, e R$ 400 milhões dessa carteira são recursos sustentáveis, emprestados e auditados. A gente faz operações de agricultura de baixo carbono, RenovAgro, operações para recuperação de áreas degradadas, operações com crédito de carbono, que trabalham no reflorestamento e na preservação florestal. Nós temos quase 900 mil hectares com projetos de crédito de carbono, que mantêm a floresta em pé ao mesmo tempo em que geram crédito. Recuperação de áreas degradadas, enfim, tem várias iniciativas que nós fazemos e nós captamos recursos no exterior para isso.

Esse é o conceito, então, de financiamento climático?

Exatamente, a gente trabalha para ter a transição climática rumo ao mundo mais sustentável. Então, quando nós tomamos essas iniciativas, a gente faz operações de crédito de maneira que a gente verifica, preferencialmente, aquelas que têm essa pegada ambiental, de preservação. E não somente a preservação ambiental, que é absolutamente fundamental, mas precisamos trabalhar com essas populações, com a população que trabalha diariamente com o meio ambiente.

Um outro exemplo, que eu acho muito significativo: a gente tem uma frente de bioeconomia. Então, a partir de Belém, onde nós estamos, nós criamos o primeiro hub de bioeconomia, o hub financeiro, e nós estamos ampliando para outros biomas do Brasil. Mas nós já financiamos, de dois anos para cá, em torno de R$ 2 bilhões de reais, impactando a população que vive e trabalha aqui preservando a floresta, ao mesmo tempo que utiliza recursos da floresta como meio de subsistência.

Então, o conceito de financiamento climático está alinhado com o conceito de justiça climática?

Está. Essa frente que eu menciono, de bioeconomia, trabalha com essa população que muitas vezes nunca teve acesso a um serviço bancário. E a gente chega lá com financiamento para trabalhar com essa população, levando orientação técnica, levando crédito, e muitas vezes formando agentes de crédito que se tornam parceiros do banco lá na própria comunidade.

A questão climática não atinge todas as pessoas da mesma maneira. Atinge com impacto mais forte a população da periferia, população que vive de uma atividade econômica menor, e precisa de mais apoio.

E o banco também ganha com isso?

Obviamente ganha. Primeiro, ganha com a operação de crédito em si, porque qualquer operação que o banco faz visa ao retorno, obviamente; e ganhamos também com o nosso posicionamento. Nós somos considerados, pela sexta vez, o banco mais sustentável do mundo por uma instituição chamada Global 100, que verifica a sustentabilidade, verifica o posicionamento de todas as empresas. E o Banco do Brasil, felizmente, pelo nosso trabalho diário com essas populações e com operações de crédito sustentável, a gente é considerado, pela sexta vez, o banco mais sustentável do mundo. E queremos continuar isso por muito tempo. Então a gente ganha em recurso, nas operações de crédito, e ganha em posicionamento, que eu acho que isso é muito importante para a sobrevivência do mundo, a manutenção de um mundo mais sustentável.

Fonte, Agência Gov

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