Por André Richter – Repórter da Agência Brasil  Brasília

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quinta-feira (7), às 14h, o julgamento sobre a constitucionalidade da execução provisória de condenações criminais, conhecida como prisão após segunda instância. A expectativa é de que o julgamento seja finalizado hoje, quando ocorre a quinta sessão da Corte para discutir a questão.

Até o momento, o placar do julgamento está 5 votos a 4 a favor da medida. Faltam os votos dos ministros Celso de Mello, Dias Toffoli.

No dia 17 de outubro, a Corte começou a julgar definitivamente três ações declaratórias de constitucionalidade (ADCs), relatadas pelo ministro Marco Aurélio e protocoladas pela Ordem dos Advogados, pelo PCdoB e pelo antigo PEN, atual Patriota.

O entendimento atual do Supremo permite a prisão após condenação em segunda instância, mesmo que ainda seja possível recorrer a instâncias superiores. No entanto, a OAB e os partidos sustentam que o entendimento é inconstitucional e uma sentença criminal somente pode ser executada após o fim de todos os recursos possíveis, fato que ocorre no STF e não na segunda instância da Justiça, nos tribunais estaduais e federais. Dessa forma, uma pessoa condenada só vai cumprir a pena após decisão definitiva do STF.

A questão foi discutida recentemente pelo Supremo ao menos quatro vezes. Em 2016, quando houve decisões temporárias nas ações que estão sendo julgadas, por 6 votos a 5, a prisão em segunda instância foi autorizada. De 2009 a 2016, prevaleceu o entendimento contrário, de modo que a sentença só poderia ser executada após o Supremo julgar os últimos recursos.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o julgamento terá impacto na situação de 4,8 mil presos com base na decisão do STF que autorizou a prisão em segunda instância. Os principais condenados na Operação Lava Jato podem ser beneficiados, entre eles, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril do ano passado, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, após ter sua condenação por corrupção e lavagem de dinheiro confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), no caso do tríplex do Guarujá (SP), além do ex-ministro José Dirceu e ex-executivos de empreiteiras.

Veja como votou cada ministro do Supremo

A favor da prisão em segunda instância:

Alexandre de Moraes, Luís Roberto BarrosoEdson FachinLuiz Fux e Cármen Lúcia,

Contra a prisão em segunda instância, ou seja, prisão somente após o chamado trânsito em julgado:

Marco Aurélio MelloRosa WeberRicardo Lewandowski Gilmar Mendes.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

  • Sergipe discutirá desafios e soluções para o desenvolvimento sustentável no 1º Norverde

    Empresários, técnicos e poder público participarão de mesa de discussões [...]

  • Ataques coordenados contra Rodrigo têm explicação: o 7 de setembro vem aí!

    Que a disputa pelas duas vagas para o Senado Federal [...]

  • EDUCAÇÃO – “Esforço conjunto possibilitou que todos os municípios estivessem aptos”

    MPSE conseguiu mobilizar todas as prefeituras sergipanas com pendências O [...]

  • SEBRAE/SE – Reload 2025 traz grandes nomes do marketing digital para Sergipe

    Evento do Sebrae acontece nos dias 26 e 27 de [...]

  • Editorial – É preciso encontrar uma solução emergencial para a falta de água em Sergipe

    Por mais que os problemas sobre falta de água nas [...]