O projeto utiliza ferramentas de Realidade Aumentada e Virtual nas salas de aula
A EducAr , uma startup de tecnologia que pretende transformar a educação de forma criativa e inovadora, está proporcionando aprendizado por experiências, através do uso da tecnologia de Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV). A empresa é uma das 23 startups que surgiram após aprovação no Programa Centelha, que tem apoio e realização do Governo do Estado de Sergipe, por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa e a Inovação Tecnológica (Fapitec/SE).
O projeto é uma ideia das neuroengenheiras Mab Abreu, Tássia Nunes e Tâmara Nunes, que pensaram na possibilidade de trabalhar com a Realidade Virtual e resolver problemáticas encontradas na educação, por meio do aprendizado imersivo. De acordo com Mab Abreu, que é psicóloga, mestre em neuroengenharia e coordenadora do projeto, a ideia consiste em aplicar um novo método de ensino e aprendizagem por meio de storytelling (capacidade de contar histórias de maneira marcante, a partir de técnicas como o uso de recursos audiovisuais juntamente com as palavras) e gamificação (uso de mecânicas e características de jogos para engajar, motivar comportamentos e facilitar o aprendizado). Essas técnicas desenvolvem a pré-ativação cerebral, para uma absorção mais completa de cada tipo de conteúdo de forma prática.
Com a implementação da Realidade Aumentada (RA) e utilização de aspectos da gamificação e da contação de histórias em sala de aula, a EducAr oferece um conceito de integração e interatividade entre professores e alunos, e a construção do conteúdo partindo de ambos.”Nosso objetivo é transformar a educação e trazer uma nova forma de aprender, porque acreditamos que cada cérebro, cada pessoa, tem potencialidades infinitas de aprendizagem, de gerar neuroplasticidade, e que através do aprendizado imersivo, causando experiência emocional, seja mais confortável a expansão dessas potencialidades”, explica Mab.
Funcionamento
O projeto passou por fragmentações para ser realizado, logo, algumas etapas já foram feitas e estão sendo executadas. Mas deve-se levar em consideração que o projeto é contínuo, ou seja, estará sempre se renovando e sendo remodelado ao longo do tempo. “Já fizemos a implantação da Realidade Aumentada na sala de aula e os alunos puderam ter a experiência de trabalhar com essa tecnologia. Sou professora universitária, então já utilizei a ferramenta em algumas aulas para os alunos e foi muito bem recebido. Estamos implementando a parte do treinamento para os professores e unindo mais duas etapas para finalizar o projeto”, esclarece a coordenadora.
A EducAr pretende integrar escolas públicas para a realização do projeto piloto completo, oferecendo o treinamento com os professores e todo o suporte para eles poderem se transformar dentro da nova metodologia, utilizando-a com seus alunos. “Após isso, pensamos em parcerias com as Secretarias de Educação para levá-lo a diversas escolas do mesmo município e também em escolas particulares que tenham interesse na inovação dentro do contexto educacional”, ressalta.
As fundadoras da startup EducAr contam que à época das inscrições do Centelha elas tinham criado o primeiro protótipo, saindo da idealização para a criação do primeiro MVP (Produto Mínimo Viável). “Decidimos participar porque seria o start de muitas coisas. A primeira era que precisávamos de máquinas adequadas, computadores com alto desempenho para poder desenvolver a tecnologia. Então foi o que o recurso proporcionou. E tem dado certo”, comemora Mab Abreu.
Sobre o Centelha
Lançado em junho de 2019, o Programa Nacional de Apoio à Geração de Empreendimentos Inovadores (Centelha/SE) tem como objetivo promover o desenvolvimento tecnológico como base para modernização do estado, fazendo isso através do estímulo da criação de startups, a partir da geração de novas ideias, disseminando a cultura do empreendedorismo inovador em Sergipe.
A iniciativa é do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) em parceira com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e a Fundação CERTI, que é responsável pela operação.