Sergipe participará da pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde para analisar o perfil de pacientes vítimas de violência e propor medidas preventivas. O levantamento Viva Inquérito, que chega à sua 7ª edição, terá a participação de profissionais do ministério que visitarão as unidades hospitalares no estado para coletar dados relacionados ao perfil das vítimas de violências, sejam interpessoais ou autoprovocadas, e de acidentes, como de trânsito, quedas, queimaduras atendidas em unidades de urgência e emergência.
Os municípios sergipanos que participarão da pesquisa são Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Boquim, Estância, Itabaiana, Itaporanga d’Ajuda, Lagarto, Nossa Senhora das Dores, Poço Redondo e Porto da Folha. De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio Góes, Sergipe já participou do estudo anteriormente, mas este ano o diferencial é que, além da pesquisa na capital, foram incluídos também hospitais do interior. “Temos 11 unidades de saúde que atendem a urgência e emergência no estado, onde será feito esse inquérito que avalia os atendimentos de violência e acidentes, e com isso conseguiremos ter um perfil do que realmente acontece em cada território”, explicou Marco Aurélio.
Segundo o supervisor do ‘Viva Inquérito’ em Sergipe, Allan Dantas, as lesões decorrentes de causas externas são importantes casos de morte em todo o mundo, principalmente em países em desenvolvimento. O Brasil é uma consequência, na verdade, da transição epidemiológica, demográfica e socioeconômica. Por isso que há uma necessidade de estar constantemente realizando esse tipo de inquérito, que inclusive é um dos maiores inquéritos transversais da América Latina, relacionado a causas externas, porque ele vai acontecer nos 26 estados e no Distrito Federal, em cerca de 300 unidades de serviços de saúde.
“Trata-se de um estudo que vai traçar o perfil epidemiológico dos atendimentos de urgência e emergência por acidentes e violências. Por meio dessa pesquisa vamos descrever os atendimentos, o perfil do provável autor da agressão enquanto se trata de violência, o perfil epidemiológico das vítimas dos acidentes, além de caracterizar os aspectos demográficos, os tipos de ocorrência, a circunstância, a natureza da lesão, identificar fator de risco ou até mesmo fator de proteção associado à ocorrência”, destacou o supervisor.
Segundo o Ministério da Saúde, os coletadores de informações estarão identificados com crachás e roupas com logos do ‘Viva Inquérito’ e apresentarão ofícios do Ministério da Saúde nos serviços em que serão realizados os estudos. A pesquisa tem a aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conepe). “Todo esse conhecimento faz com que se possam criar políticas de promoção e de prevenção dos acidentes de violência”, concluiu Marco Aurélio.
Fonte, Secom – Estado.