Em continuidade ao Sergipe Oil & Gas 2024 (SOG), a programação desta quinta-feira, 25, destacou os desafios e oportunidades que moldam o setor. Especialistas da área abordaram temas cruciais, como a complexidade no fornecimento de bens e serviços, as melhorias necessárias no transporte e distribuição de gás, os mecanismos de flexibilidade de gás e o impacto potencial da reforma tributária.

As discussões enriqueceram o entendimento sobre o desenvolvimento do consumo de gás em Sergipe, apontando caminhos para um futuro mais sustentável e eficiente. Ofereceram também uma programação rica e diversificada para fomentar debates importantes e contribuir para o desenvolvimento sustentável e competitivo do setor em Sergipe e no Brasil.

Desafios no Fornecimento de Bens e Serviços

Um dos principais desafios no setor de O&G é a cadeia de fornecimento de bens e serviços. A complexidade logística e a necessidade de equipamentos especializados exigem uma coordenação eficiente e inovadora. Durante o evento, foram discutidas soluções para aprimorar a logística, reduzir custos e aumentar a eficiência na entrega de equipamentos e serviços, com ênfase na tecnologia e na integração de processos.

“Trabalhamos em diversos segmentos e atuamos de forma muito customizada para que o cliente consiga ver como o projeto de fato pode ser executado”, disse a gerente de Desenvolvimento de Negócios da Andrade Gutierrez Engenharia, Júlia Maya.

“Investimos em transformação digital, com sinergia e tecnologia, potencializando performance com agilidade e eficácia nesses 30 anos da empresa”, informou o gerente de Negócios da Qualidados, Christiano Blumetti.

Transporte, distribuição e mecanismos de flexibilidade de gás

O transporte e a distribuição de gás natural e a flexibilidade na oferta e demanda são temas de crescente importância, especialmente com a transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis, e são essenciais para garantir a segurança energética e o desenvolvimento econômico de Sergipe. Foram apresentadas inovações e políticas que permitam uma maior flexibilidade no uso do gás, contribuindo para uma matriz energética mais diversificada e resiliente.

“A rede de transportes tem um desafio enorme para ser realizado, comparado à Europa, Estados Unidos e Argentina. O investimento que a TAG fez com relação à rede de transporte tem sido uma inflexão nesse processo todo, e vimos que esse investimento em Sergipe faz parte do destravamento da rede”, pontuou o diretor da Associação dos Consumidores de Gás Natural do Estado de Sergipe (Ascongás), Celso Hiroshi Hayasi.

“O gás natural contribui com a agenda de redução de emissões e é uma alternativa no abastecimento da região Nordeste. Isso fortalece a posição do estado como um supridor de gás natural, favorecendo o desenvolvimento da economia”, enfatizou o gerente de projetos industriais da TAG, Marcos Moura, que explicou sobre os benefícios da Conexão do Terminal de GNL de Sergipe.

Desenvolvimento do consumo de gás em Sergipe

Sergipe tem um potencial significativo para aumentar o consumo de gás natural, impulsionando setores como a indústria, o comércio e os serviços. Nesse sentido, foram discutidas durante o SOG as iniciativas e projetos desenvolvidos para expandir o uso do gás no estado, incluindo incentivos para novas indústrias e a ampliação da rede de distribuição para áreas ainda não atendidas.

“A Agrese promoveu ações para o desenvolvimento reduzindo o limite mínimo para a migração ao mercado livre. Também facilitou o credenciamento como comercializador, removeu a duplicidade de penalidades por falha de programação, além de outros pontos para impactar o mercado”, destacou o diretor da Câmara de Gás Canalizado da Agrese, Douglas Santos.

“É preciso que haja modicidade tarifária e modernização da regulação em relação àquilo que é desenvolvido pela distribuidora. Sergipe demonstra grande intenção em de fato proporcionar essas condições que tangem à distribuição ao consumidor sergipano. Para isso, tem uma Agência Reguladora que é plenamente capaz de desenvolver esse trabalho da regulação com independência e com capacidade técnica”, pontuou Luís Fernando Quilici, diretor de Relações Institucionais da Aspacer.

Impacto da Reforma Tributária no setor de O&G

A reforma tributária é um tema central que pode redefinir as dinâmicas do setor de O&G no Brasil. O sócio da Machado e Meyer Advogados, Diogo Martins Teixeira, discutiu sobre as mudanças previstas na legislação tributária e seus impactos sobre a competitividade, os investimentos e a operação das empresas de O&G.

“A reforma tributária no setor do gás natural é um tema complexo. Temos alguns tributos federais que são contribuições sociais que incidem nas operações internas da importação. O ICMS, por sua vez, é um tributo de competência estadual”, esclareceu o sócio da Machado e Meyer Advogados, Diogo Martins.

 

Fonte: Agência Estado – SE

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