Na hora de reformar, uma das principais preocupações é em relação ao piso. Na hora de escolher é preciso estar atento a algumas necessidades e características do ambiente, para um trabalho adequado e que não gere problemas. O arquiteto Pablo Augusto destaca a importância da escolha do piso apropriado. “Primeiramente é importante entender a diferença entre os pisos internos e externos antes de selecionar o piso da sua casa, é necessário entender que cada ambiente de uma residência tem as suas características e suas necessidades. Por isso, uma boa escolha assegura comodidade, facilidade de manutenção, e a segurança dos moradores”, explica.
O arquiteto dá exemplos do tipo ideal de piso para cada cômodo. “O quarto é um local de média permanência e pouco tráfego de pessoas, onde há possibilidade de variar bastante o tipo de piso, lembrando sempre de ser ambientalmente confortável. A cozinha é considerada área molhada e com constante contato com produtos químicos para a posterior limpeza, por isso não é qualquer tipo de piso que pode ser colocado, tem que ser um piso que não seja muito escorregadio porque sempre usamos água, óleo e alimentos gordurosos nesse ambiente e que seja resistente aos efeitos dos mesmos. A sala é um ambiente de fácil escolha do revestimento por também ser um ambiente de média para alta permanência e, geralmente, é um local onde se usa carpetes, que querendo ou não ajuda na conservação do revestimento e a opção por cerâmica, porcelanato ou laminados é muito comum”, conta.
Áreas externas e úmidas precisam de uma atenção na hora da escolha do piso. “O banheiro, assim como a cozinha é considerado como área molhada e também com muito contato com produtos de limpeza, e o piso deve ser cerâmico ou porcelanato, e que sejam antiderrapantes e com resistência aos produtos de limpeza. E nas áreas externas, o piso tem que ter as preocupações com resistência a intempéries, ao trafego de pessoas ou veículos e também serve como barreira para evitar que a sujeira acumulada na área externa venha para a parte interna, aumentando o leque de escolhas a ser utilizados como revestimento cerâmico, concreto, porcelanato rústico e a pedra”, destaca.
Pablo ainda explica qual tipo de piso é ideal para as áreas internas e externas. “O uso em áreas internas onde as superfícies dos pisos são lisas, em consequência do menor impacto das intempéries ambientais e por não sofrer tanto desgaste do tráfego de pessoas ou veículos, os modelos que geralmente são utilizados nessa área são os porcelanatos (polidos ou acetinados), revestimentos cerâmicos e laminados. E nas áreas expostas às variações climáticas, ao desgaste do trafego, os pisos que são usados em locais externos devem ser mais resistentes e de longa duração. Os mais utilizados são pisos cerâmicos (sempre prestando atenção no PEI que é o índice de resistência à deterioração do revestimento medido do zero ao cinco, quanto maio for esse número mais resistente o mesmo é), Porcelanato rústico, concreto e a pedra”.
Na hora da instalação é preciso um planejamento prévio para que o piso seja aplicado de forma correta, deixando o ambiente harmônico, como o arquiteto conta. “Como toda parte da obra requer um planejamento, a aplicação do piso não é diferente, fazer um estudo prévio da paginação do piso, que nada mais é que a forma em que os pisos serão assentados, de onde se iniciará o assentamento e se serão assentados em linha reta, na diagonal, intercalados etc. É muito importante deixar os recortes dos pisos escondidos, como embaixo do mobiliário, entre outros. E antes do assentamento do piso preparar bem o local onde será acobertado pelo revestimento, e fazer uma boa arrumação para não ter problemas no alinhamento dos mesmos é de suma importância. Escolher bons materiais de argamassa, rejunte entre outros”, explica.
TENDÊNCIAS
Para o arquiteto Pablo, a moda da vez é a sustentabilidade na reforma ou construção. “Hoje, na arquitetura e no designe de interiores a grande tendência em relação a pisos e revestimentos, com a sustentabilidade tão presente em nosso cotidiano, essa ideia é refletida nos padrões e cores que remetem à natureza e, em contrapartida, o saudosismo (vintage) das década passadas, o uso do aço, do tijolinho e do concreto também vem como uma tendência”, conta.
Pablo comenta algumas tendências de piso. “Para os revestimentos em áreas externas estão se usando os sintéticos ou os naturais, imitando madeira, pedra entre outras. Os pisos e revestimentos para banheiros… já não existe aquela tradição de se usar tons claros e o formato quadrilateral tradicional, a grande maioria hoje usa os pisos octogonais ou em formato de colmeia e com cores escuras e tons fortes, e outra grande tendência são os mármores e as grandes peças de porcelanato. Nas cozinhas a grande tendência são as cores pontuais, como azul, amarelo, vermelho para dar destaque de alguns objetos no ambiente, o ladrilho de metro, um revestimento em forma de tijolinho, mas polido e de com uma imensa variedade de cores, o uso do cimento queimado e da madeira que nunca sairão de moda. Nas salas e na varanda o que está na moda são os revestimentos 3D combinados com um piso em porcelanatos laminados e, principalmente, piso cimentício ou que imitam o cimentício. Podemos concluir que a grande tendência desse ano e para o próximo ano é seguir cores neutras e que remetem à natureza e seguir o padrão industrial na arquitetura”.