A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) alertou para os remédios contraindicados em caso de suspeita da doença. Segundo o Ministério da Saúde, do início deste ano até a última segunda-feira (5), a doença provocou 36 mortes no país.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da SBI, Alberto Chebabo, citou o ácido acetilsalicílico, ou AAS, conhecido popularmente como aspirina, entre os não recomendáveis, por se tratar de medicação que age sobre plaquetas. “Como já tem uma queda de plaquetas na dengue, a gente não recomenda o uso de AAS”, disse o médico. Corticoides ambém são contraindicados na fase inicial da dengue.

Segundo Chebabo, como a dengue é uma doença viral, para a qual não existe antiviral, os sintomas é são tratados. O tratamento básico inclui analgésico, antitérmico e, eventualmente, medicação para vômito. Os principais sintomas relacionados são febre, vômito, dor de cabeça, dor no corpo e aparecimento de lesões avermelhadas na pele.

O infectologista advertiu que, se tiver qualquer um dos sintomas, a pessoa não deve se medicar sozinha, e sim ir a um posto médico para ser examinada. “A recomendação é procurar o médico logo no início, para ser avaliada, fazer exames clínicos, hemograma, para ver inclusive a gravidade [do quadro], receber orientação sobre os sinais de alarme, para que a pessoa possa voltar caso tais sinais apareçam na evolução da doença”.

Os casos devem ser encaminhados às unidades de pronto atendimento (UPAs) e às clínicas de família.

Sintomas graves

Entre os sinais de alarme, Chebabo destacou vômito incoercível, que não para, não melhora e prejudica a hidratação; dor abdominal de forte intensidade; tonteira; desidratação; cansaço; sonolência e alteração de comportamento, além de sinais de sangramento. “Qualquer sangramento ativo também deve levar à busca de atendimento médico”, alertou. No entanto, a maior preocupação dever ser com a hidratação e com sinais e sintomas de que a pessoa está evoluindo para uma forma grave da doença.

Quanto ao carnaval, o infectologista disse os festejos não agravam o problema da dengue, porque não se muda a forma de transmissão, que é o mosquito Aedes aegypti. “Talvez impacte mais a covid do que a dengue, mas é mais uma questão, porque, no carnaval, há doenças associadas, que acabam aumentando a demanda dos serviços de saúde. Esta é uma preocupação”.

Entre os problemas relacionados ao carnaval, Chebabo destacou traumas, doenças respiratórias e desidratação, que podem sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde.

 

 

Fonte: Agência Brasil

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

  • Deso identifica mais de 700 desvios de água no conjunto Jardim, em Nossa Senhora do Socorro

    A Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) encontrou 762 imóveis [...]

  • Créditos de Carbono no Brasil: emissões despencam e mercado enfrenta crise

    Um estudo recente do Observatório de Conhecimento e Inovação em [...]

  • Fábio Mitidieri autoriza reforma do Ginásio Desportista Reinaldo Moura no ‘Sergipe é aqui’ em Japaratuba

    O município de Japaratuba recebeu nesta quinta-feira, 25, a 31ª [...]

  • FPM: última parcela de julho ultrapassa os R$ 4,2 bilhões

    A União paga na próxima terça-feira (30) a terceira e [...]

  • Indicação do vereador Jailson Pereira inclui a construção de um Hospital Veterinário gratuito na Barra dos Coqueiros

    Uma importante indicação do vereador, Jailson Pereira (PL), na Barra [...]