
O vice-prefeito de Aracaju, Ricardo Marques, reforçou nesta terça-feira (9) sua posição firme em defesa da Zona de Expansão como parte integrante da capital sergipana. A declaração ocorre em meio à disputa territorial que envolve também o município de São Cristóvão e que ganhou novos contornos após decisão judicial recente.
Para Ricardo Marques, a polêmica não se limita a linhas em um mapa ou a debates burocráticos sobre jurisdição. Ela diz respeito, sobretudo, ao pertencimento e à dignidade de milhares de famílias que construíram suas vidas naquela região. “Mais que uma questão jurídica, é uma questão democrática. O coração da Zona de Expansão bate, de forma incontestável, no ritmo de Aracaju”, afirmou o vice-prefeito.
Presença histórica de Aracaju
Ricardo Marques recordou que, ao longo das últimas décadas, foi a Prefeitura de Aracaju que esteve presente de maneira constante na Zona de Expansão, garantindo serviços públicos essenciais como escolas, unidades de saúde, transporte coletivo, infraestrutura viária, obras de drenagem, segurança e assistência social.
Segundo ele, a própria comunidade já manifestou de forma inequívoca o sentimento de identidade aracajuana. “As famílias que moram na Zona de Expansão se reconhecem como aracajuanas. Essa identidade não nasce em gabinetes ou decretos, mas da vida real, do convívio cotidiano e do serviço público prestado com regularidade pela capital”, destacou.
Respeito à Justiça, mas luta pela soberania popular
O vice-prefeito fez questão de ressaltar que respeita a decisão judicial que hoje coloca em disputa a área entre Aracaju e São Cristóvão. No entanto, frisou que a Prefeitura, sob a liderança da prefeita Emília Corrêa, está unida e convicta na defesa da manutenção da região como parte da capital.
“Respeito e defendo a população de São Cristóvão e esta luta nada tem de contrário ao povo de nosso município vizinho. O que queremos é somente para lutar, dentro das vias legais, para assegurar que a vontade popular dos moradores da Zona de Expansão seja respeitada. Essa não é apenas uma batalha jurídica, mas uma luta pela soberania da voz do povo de nossa capital”, afirmou.
Marques também rebateu com firmeza as narrativas de que haveria “usurpação” por parte de Aracaju. Para ele, a realidade demonstra exatamente o contrário: foi a capital que acolheu o crescimento da região e ofereceu as condições para seu desenvolvimento.
“Não existe jamais usurpação por parte de Aracaju. O que existe é acolhimento, investimento e presença constante. A Zona de Expansão se tornou parte viva da nossa cidade pelo cuidado e pelo vínculo estabelecido com a população”, enfatizou.
Compromisso político e social
Para o vice-prefeito, a disputa territorial não deve ser tratada apenas como um processo judicial, mas como uma questão de democracia e identidade coletiva. Ele lembra que cada decisão administrativa ou judicial deve levar em consideração a realidade de quem vive diariamente na região.
“Não estamos falando apenas de território físico, mas de pertencimento e de vínculos que foram construídos ao longo de anos. A Zona de Expansão é parte de Aracaju porque o povo que ali vive assim a reconhece. E nós, como gestão, não abriremos mão de lutar por esse direito”, reforçou.
Ricardo Marques destacou que a Prefeitura continuará mobilizada em defesa da região e reafirmou o compromisso de seguir ao lado da comunidade local. “Não abriremos mão de lutar até o fim para que a vontade da população prevaleça. A Zona de Expansão já escolheu: ela é Aracaju, e assim continuará sendo”, concluiu.