A mobilização dos presos completou 18 horas de duração na manhã deste sábado (21).
Segundo o comandante do Policiamento da Capital, tenente-coronel Vivaldy Cabral, 23 reféns foram liberados por volta de 1h desta madrugada, sendo a maioria mulheres e crianças. Cerca de 70 familiares dos presos ainda estão impedidos de sair do presídio.
De acordo com a Secretaria de Justiça de Sergipe (Sejuc), inicialmente 97 familiares dos detentos foram feitos reféns por 80 presos no Pavilhão C. Duas mulheres e duas crianças já haviam sido liberadas por volta das 18h.
Policiais estão negociando a saída de familiares dos presos que estavam no presídio durante o horário de visita. O Complexo penitenciário advogado Antônio Jacinto Filho (Compajaf) tem capacidade para 595 presos e atualmente abriga 530 presos.
O fornecimento de água e de energia no local está suspenso desde o início do motim.O clima segue tenso no presídio localizado no bairro Santa Maria, em Aracaju.
ENTENDA O CASO
Os presos se revoltaram com o tratamento que estaria sendo dado por empregados da Reviver, empresa que administra o presídio, a familiares. Os custodiados que cumprem pena e aguardam julgamento chegaram a reclamar de toque em partes íntimas nos corpos de mulheres.
Visitantes fizeram manifestação e presos chegaram a agredir pelo menos um dos dirigentes do presídio. Ninguém entra e ninguém sai do presídio. Até advogados estão proibidos de entrar, por questões de segurança.