DVDs com conversas entre Edvaldo e dono da
Torre não chegaram à Procuradoria Eleitoral

           A procuradora Regional Eleitoral de Sergipe, Eunice Dantas, vai entrar com representação na Corregedoria do Tribunal de Justiça reclamando da demora na entrega dos DVDs que contém as trocas de mensagens e ligações telefônicas entre o prefeito Edvaldo Nogueira e o proprietário da empresa Torre, José Antônio Torres Neto. Antes, ela tentará mais uma vez a liberação das provas junto à 3ª. Vara Criminal.

A justificativa da justiça sergipana é de que não houve o compartilhamento de provas com o Ministério Público Eleitoral por conta da falta de mídias (DVDs) para replicar as gravações.

Em posse das provas que serão compartilhadas, a Procuradora da República vai iniciar o inquérito no MPE para apurar crime de falsidade ideológica, previsto no art. 350 do Código Eleitoral, praticado pelo então candidato a prefeito, Edvaldo Nogueira (PC do B/SE).

De acordo com as provas recolhidas pela Operação Torre de Babel, o empresário José Antônio Torres Neto, proprietário da Torre, fez saques elevados na boca do caixa, nas vésperas das eleições, e teria repassado o dinheiro, sob forma de Caixa 2, para a campanha eleitoral de Edvaldo Nogueira.

Nas interceptações telefônicas realizadas pela polícia de Sergipe com autorização judicial, Edvaldo e Antônio Torres conversaram por telefone e trocaram mensagens via WhatsApp.

Em abril deste ano a procuradora Eunice Dantas solicitou o compartilhamento das provas. Em 27 de julho, a juíza Valéria Libório, da 3ª Vara Criminal, determinou que as provas fossem compartilhadas, mas a ordem judicial não foi cumprida até hoje porque o Tribunal de Justiça não tinha DVDs.

A reportagem do CINFORM conversou com o assessor da Juíza da 3ª. Vara Criminal, Igor Sabino, e ele informou que as mídias já foram adquiridas e as replicações das gravações já começaram, porém ele não revelou quando as provas chegarão à procuradora Eunice Dantas.

Para Eunice Dantas, a demora no compartilhamento das provas não foi proposital. Ela entende que a falta de celeridade se deve ao próprio andamento dos processos que tem multiplicidade de réus, muitas petições e juntadas de documentos e provas. O inquérito policial contém mais de duas mil páginas.

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