Ginecologista orienta sobre os cuidados com a higiene íntima

Quando se trata de alimentos, sempre nos preocupamos com a validade e o modo de conservação, mas já parou para pensar que as roupas também tem validade? E qual seria o prazo de vida útil da calcinha? Para responder essas e outras perguntas, o Cinform consultou a ginecologista e terapeuta sexual, Dra. Scheila Amado. Ela explica que as peças não tem uma data de validade específica, como geralmente vemos nos alimentos, por exemplo.

“Vai depender da calcinha, da qualidade do tecido, do acabamento, e da frequência de uso. É difícil determinar um tempo de vida útil fixo, mas em geral se deve observar a condição da calcinha, isso é super importante! Se ela começou a desfiar, ficar com o elástico folgado e mudar a coloração isso demonstra que sua vida útil já está passada e precisa trocar”, declara. Dra. Scheila ressalta que o tecido da calcinha interfere na sua vida útil, e alerta sobre os mais adequados para a saúde íntima da mulher.

 

Dra. Scheila afirma que deve observar o estado da calcinha (Foto: Vieira Neto)

A ginecologista orienta que para uso no dia a dia, a mulher priorize as peças que contenham mais algodão na composição, e menos elástico. Já as peças que favorecem a estética do traje e nem sempre contém algodão, que sejam utilizadas em ocasiões especiais. “É importante ter muito cuidado com as calcinhas que são muito pequenas, pois elas provocam atrito, tanto dos lábios da vulva, quanto no glúteo. E esse atrito não é bom”, alerta a Dra. Scheila.

Ela destaca ainda que calcinhas muito justas podem machucar, e tudo que machuca pele ou mucosa, serve de porta de entrada e resulta no que ela chama de “perda de continuidade”, que é quando se tem um afastamento de tecido vivo, e se abre uma porta de entrada para bactérias e fungos. Já com relação ao tempo de uso diário da calcinha, a ginecologista comenta que, diante de uma rotina agitada, nem sempre se tem a oportunidade de fazer a higiene completa da região íntima.

CUIDADOS COM A HIGIENE

“Nesses casos, se precisar, levar uma calcinha limpa na bolsa e na hora do intervalo, fazer a troca. Mas nem todas as mulheres precisam fazer isso, vai depender se a mulher tem patologias que causam algum tipo de secreção, ou do conforto que a mulher tem durante o dia”, afirma Dra. Scheila. E segundo a médica, os cuidados com o uso da peça estão entre as principais dúvidas das pacientes no consultório, como é o caso do uso do protetor diário, que segundo ela, deve ser em situações esporádicas.

De acordo com a ginecologista, o protetor diário deve ser utilizado apenas em situações como o processo final da menstruação, em casos em que a mulher faz uso de cremes ginecológicos ou em viagens longas. Torná-lo um hábito diário pode prejudicar a saúde íntima, visto que o ambiente genital se torna mais úmido e escuro – um prato cheio para fungos. Outros recursos que fazem parte da higiene íntima da mulher são os lencinhos e os sabonetes íntimos. “Existem os lencinhos que tem Ph neutro, próprio para a área genital, mas também não devem ser utilizados com muita constância. É difícil para a mulher ler e entender se aquele lencinho tem antisséptico, que muitas vezes diminui a flora fisiológica e nós temos bactérias que são do bem, que estão ali para proteção”, comenta.

Na higiene da genitália, também se deve optar por sabonetes neutros. Dra Scheila salienta que eles também contém antissépticos, portanto nada de exagero. A medida indicada corresponde a uma moeda na palma da mão, e após o uso, enxaguar bem e não lavar excessivamente. Os sabonetes com glicerina devem ser evitados, pois geram ressecamento. Já sobre a lavagem das calcinhas, a dica de sabão neutro segue, e de preferência a lavagem feita à mão.

“Lavar a calcinha na máquina eu não considero uma boa opção, por causa do sabão em pó, que deixa resíduo. Outro detalhe importante que aconselho às minhas pacientes é não deixar secar a calcinha no banheiro. Isso nunca deve ser feito! Se existe o hábito de lavar a calcinha durante o banho, vale ter um sabão neutro dentro do box, mas nunca se deve secar nesse ambiente. As peças devem secar ou em exposição ao sol ou em locais com ventilação, e que a secagem seja completa”, alerta a ginecologista.

 

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