A professora, escritora e pesquisadora Patrícia Rosalba foi condecorada na tarde da segunda-feira, 4 de março, com o título de Cidadania Sergipana. A deputada estadual Linda Brasil foi a autora da propositura aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa de Sergipe em Aracaju.

Natural do município pernambucano de Garanhuns, a nova cidadã sergipana mora em Aracaju há mais de 30 anos, é professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS), pesquisadora de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); coordenadora do Xique-Xique: grupo de pesquisa em Gênero e Sexualidade. Autora de livros e artigos científicos abordando temas como violência de gênero, sexualidades, turismo LGBTQIA+, relações de poder, meio ambiente e ruralidades.

“Hoje é o dia que coroa todo acolhimento que recebo em Sergipe através de todo o trabalho desenvolvido aqui com as temáticas de direitos humanos, violência de gênero e LGBTQIA+”, comemora.

A maior honraria de Sergipe carimba e reconhece os serviços prestados da profissional ao estado. “Receber o título de cidadã sergipana é de uma emoção inexplicável. É fruto do reconhecimento de todo meu trabalho e da minha contribuição para Sergipe. Agora me tornei de fato uma cidadã no estado que me acolheu quando eu ainda era adolescente e pelo qual tenho profundo respeito e afeto. Estou em Sergipe para contribuir com a ciência, com a sociedade civil e com o estado. Estou muito feliz e agradeço Alese pela aprovação da indicação da deputada Linda Brasil”, orgulha-se.

Patrícia Rosalba é formada em Ciências Sociais com bacharelado e licenciatura pela UFS. Na mesma universidade deu continuidade aos estudos e fez mestrado em sociologia. Seguiu a carreira acadêmica e fez doutorado em Ciências Humanas pela UFSC e pós-doutorado na Universidad Pablo de Olavid na Espanha.

“Cheguei em Aracaju na década de 1990. Sou filha de uma família de comerciantes que na época estava em busca de novos ares. Em minha memória afetiva, deparei-me com uma capital cheia de cores, acolhedora, harmoniosa e vanguardista em questões muito caras para mim. Foi amor à primeira vista pela cidade”, recorda.

Destaque entre o corpo docente da UFS, Patrícia está na instituição há mais de 15 anos, considerando também a época de estudante. Entre os trabalhos mais marcantes estão os livros ‘Entre o Fato e a Lei: Representação, Justiça e Gênero no Crime de Estupro’ e ‘Aracaju dos anos 90: crimes sexuais, homossexualidade, homofobia e Justiça’.

Atualmente, Patrícia atua na gestão da UFS , coordenando os Observatórios Sociais da instituição. No âmbito da pesquisa, também coordena o projeto ‘Violência no contexto doméstico e familiar, Segurança Pública e Saúde: tecnologia social à serviço das mulheres do semiárido sergipano’, da Universidade Federal de Sergipe, e através dele foi construído o aplicativo ‘Me Deixe’ uma solução tecnológica para atendimento às mulheres em situação emergencial de violência doméstica. O mais recente projeto de sucesso é ‘A Gestão Estatal do Feminicídio e Transfeminicídio: perspectivas comparadas entre Brasil, México, Peru, Equador e Espanha.

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