Com rotinas exigentes, vínculos múltiplos e, muitas vezes, uma combinação de atuação no setor público e privado, os profissionais da saúde têm enfrentado desafios particulares quando o assunto é aposentadoria nos últimos anos. De acordo com a advogada Kemelly Romão, especialista em Direito Previdenciário, o planejamento adequado é uma ferramenta indispensável para garantir segurança no futuro.

“É comum que profissionais da saúde contribuam de forma fragmentada para o INSS, o que pode gerar lacunas, atrasos ou valores reduzidos no benefício”, explica Kemelly. Para ela, compreender as regras atuais da Previdência e organizar o histórico de contribuições são passos fundamentais para uma aposentadoria tranquila.

A especialista ressalta que, especialmente para aqueles que atuam como autônomos ou por meio de Pessoa Jurídica, o cuidado deve ser redobrado. “Há estratégias legais que permitem escolher o regime de contribuição mais vantajoso, o que pode fazer toda a diferença no valor final da aposentadoria”, afirma.

O planejamento previdenciário ajuda a evitar contribuições desnecessárias, corrigir informações no cadastro do INSS e a tomar decisões mais seguras sobre o momento ideal de se aposentar. “Não é apenas uma questão de parar de trabalhar, mas de garantir que esse momento ocorra com estabilidade financeira e reconhecimento do tempo de dedicação à saúde”, adiciona Kemelly.

A advogada explicou, ainda, que em alguns casos é possível até mesmo recuperar valores pagos a mais ao INSS. “Quando o profissional contribui simultaneamente por dois ou mais vínculos e ultrapassa o teto máximo da Previdência, ele pode ter direito à restituição desses valores excedentes. Mas é preciso identificar essas situações com atenção e requerer a devolução dentro do prazo legal”, explicou.

Cada categoria dentro da área da saúde pode ter particularidades específicas a considerar. Enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos, dentistas e demais profissionais precisam avaliar suas contribuições com atenção às normas da profissão e aos diferentes regimes de trabalho. “O ideal é realizar uma análise individualizada e antecipada, de preferência com acompanhamento especializado, para evitar surpresas desagradáveis e garantir que o profissional receba o que é de direito”, finaliza a especialista.

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