A Pfizer informou, nessa terça-feira (16), que permitirá que fabricantes de genéricos forneçam seu comprimido antiviral contra covid-19 em 95 países de renda baixa e média, por meio de um acordo de licenciamento com o Grupo de Patentes de Medicamentos (MPP).

O acordo de licenciamento voluntário entre a Pfizer e o MPP permitirá que o grupo, apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), conceda sublicenças para fabricantes de genéricos qualificados produzirem suas próprias versões do PF-07321332. A Pfizer venderá os comprimidos que fabrica com a marca Paxlovid.

A farmacêutica, que também produz uma das vacinas contra a covid-19 mais amplamente usadas, diz que o comprimido reduziu a chance de hospitalização ou morte de adultos com risco de doenças graves em 89% em seu estudo clínico. O remédio será usado em combinação com o ritonavir, um medicamento de tratamento de HIV que já tem versão genérica.

O acordo de licenciamento da Pfizer vem na esteira de um arranjo semelhante da rival MSD para a fabricação de genéricos de seu tratamento contra a doença. Os acordos são arranjos incomuns que reconhecem a necessidade premente de tratamentos eficazes e a pressão que as farmacêuticas sofrem para tornar seus medicamentos capazes de salvar vidas, acessíveis a custo muito baixo.

“Estamos extremamente satisfeitos por ter mais uma arma em nosso arsenal para proteger as pessoas dos estragos da covid-19”, disse Charles Gore, diretor executivo do MPP, em entrevista.

Ele espera que a versão genérica do remédio da Pfizer esteja disponível dentro de meses.

Os 95 países no acordo de licenciamento cobrem cerca de 53% da população mundial e incluem todos os de renda baixa e média-baixa, além de alguns de renda média-alta da África subsaariana. Também estão entre eles países que passaram da condição de renda média-baixa para renda média-alta nos últimos cinco anos, disseram a Pfizer e o MPP.

“Acreditamos que tratamentos orais de antivirais podem desempenhar papel vital na redução da gravidade das infecções de covid-19. Pecisamos trabalhar para fazer com que todas as pessoas – independentemente de onde moram ou de suas circunstâncias – tenham acesso a esses avanços”, disse o executivo-chefe da Pfizer, Albert Bourla, em comunicado.

A Pfizer dispensará os direitos autorais nas vendas para países de renda baixa e outros países cobertos pelo acordo, enquanto a covid-19 continuar sendo classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como emergência de saúde pública de relevância internacional.

 

Agência Brasil

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