Levantamento do Sebrae e FGV aponta diminuição no número de empresas com queda de faturamento

Com a reabertura dos estabelecimentos comerciais a situação financeira dos empreendedores sergipanos começa a dar sinais de recuperação. É o que indica a nova pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para medir o impacto da pandemia do Covid-19 sobre os pequenos negócios.

O percentual de empresários que relataram ter queda de faturamento em relação a um mês normal atingiu a marca de 76%, seis pontos a menos que o apontado no levantamento divulgado no mês de setembro. A perda média foi de 42% da receita. Outro indicador dessa melhoria nas finanças é que o índice de empresas que possuem dívidas ou empréstimos em atraso caiu de 32 para 26% entre as duas pesquisas.

Uma outra boa notícia é que a taxa de empresas que conseguiu crédito saltou de 14 para 25%. Com um novo aporte de recursos no caixa, os empreendedores estão conseguindo evitar as demissões. O percentual de donos de pequenos negócios que não demitiram nos últimos 30 dias subiu de 37 para 49%, enquanto o índice dos que precisaram cortar empregos caiu de 8 para 3%.

“Depois de meses de grandes dificuldades já começamos a enxergar um horizonte de melhora na situação desses empreendimentos. Com o retorno gradual das vendas presenciais as empresas vão ganhando um novo fôlego e isso se reflete também no sucesso em relação à busca pelo crédito, pois conseguindo apresentar um histórico de faturamento às instituições financeiras elas melhoram as chances de aprovação desses pedidos”, explica o diretor técnico do Sebrae, Emanoel Sobral.

Necessidade de crédito

Mesmo com essa melhora no caixa das empresas, a pesquisa também mostra que aumentou o percentual de empreendedores que buscaram empréstimos desde o início da crise. O último levantamento mostra esse indicador subiu de 51 para 57% no intervalo de um mês.

O estudo do Sebrae e FGV revela ainda que quatro em cada dez donos de pequenos negócios sergipanos implementaram alguma inovação desde o início da crise, principalmente lançando ou comercializando novos produtos e serviços. Esses empresários tiveram maior presença nos segmentos que sofreram mais diretamente os impactos da pandemia: serviços de alimentação (53%), academias (51%), indústria alimentícia (49%), energia (49%) e moda (47%).

Os empresários foram questionados ainda sobre o atual momento da empresa. Trinta e cinco por cento deles disseram que ainda têm muita dificuldade de manter o negócio, enquanto 26% relataram que a crise trouxe desafios que provocaram mudanças valiosas na atividade. Para 27% dos entrevistados, o pior já passou.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

  • Tendência de queda no preço dos alimentos continua nos próximos meses, diz Paulo Teixeira

    O orçamento das famílias brasileiras teve um alívio no último [...]

  • Carreiras do futuro vão empregar 14 milhões de profissionais até 2027

    O desenvolvimento da tecnologia e da inovação tem aumentado a [...]

  • Fux absolve Bolsonaro e condena Braga Netto e Cid pela trama golpista

    O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou [...]

  • Operação Shamar prende mais de 12 mil pessoas por violência doméstica

    Mais de 12 mil prisões foram cumpridas no âmbito da [...]

  • Associação É de Sergipe realizará posse da nova Diretoria Executiva e Conselho Fiscal no dia 16 de setembro

    A Associação É de Sergipe realizará a posse da sua [...]