Com o objetivo de apresentar a situação da Busca Ativa Escolar nos municípios sergipanos, o Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE) promoveu ontem, dia 5, evento referente à campanha “Fora da Escola, Não Pode!”. A Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) também participou da atividade no auditório da Escola de Contas, em Aracaju.

O encontro teve como base a ampliação do debate sobre indicadores e parâmetros dos municípios que estão com atualização recente e outros sem informação completa na plataforma do Unicef.

O secretário Zezinho Sobral participou da mesa de abertura e destacou a importância do evento. “É uma ação colaborativa entre estado e municípios que tem o objetivo de permitir ou de viabilizar o acesso de todas as crianças à escola. Então é importante que a gente tenha participação; é importante que a gente identifique onde podemos ser colaborativos, onde podemos interagir, qual é a falha existente, qual é a necessidade de complementação, onde é que o estado pode contribuir”, disse.

Tendo em vista a preocupação e o interesse em aumentar as estatísticas de alunos nas escolas, a relatora dos processos referentes à educação estadual no TCE/SE, conselheira Angélica Guimarães, avaliou que a busca ativa é de suma importância para a melhoria da qualidade da educação. “Nós estamos buscando os alunos que estão fora da escola. É a busca ativa dos alunos, tanto na rede estadual, quanto na rede municipal. É um trabalho de pesquisa, um trabalho em conjunto com o Unicef, com órgãos da educação para que a gente possa entregar esse relatório dos municípios que estão em situação de risco. Portanto, nós queremos os alunos dentro da escola“ frisa.

A consultora da área de Educação do Unicef Brasil, Daniela Rocha, apresentou a situação de nove municípios em fase crítica e dois municípios em fase positiva. Ela destaca que muitos municípios estão cadastrados, mas não configurados corretamente, fazendo com que o relatório no Estado esteja escasso de informações.

Daniela Rocha ainda comentou sobre a importância do programa. “A viabilidade da estratégia é mais quando a gente acha uma criança. A ideia não é só a rematrícula, mas é entender o que a levou àquela situação. Quando a gente vai entender isso, a gente vê que são crianças e adolescentes com alto nível de vulnerabilidade, as quais vão precisar também de um atendimento de outras políticas públicas. A gente não está falando só de matricular, a gente está falando de proteger, garantir direitos de uma forma maior”, destacou.

A coordenadora operacional da Busca Ativa Escolar em Sergipe, Rute Dias Rosendo, comemora com a demonstração de um ótimo trabalho realizado. “Nós estamos muito felizes em ter o apoio, o reconhecimento da rede de proteção da criança e do adolescente do Governo e dos municípios de Sergipe. Nós trabalhamos em parceria com todos eles. Esse trabalho é contínuo. Ele não é um trabalho temporário, dia a dia esse trabalho é fomentado, é realizado nas escolas; e hoje nós estamos aqui com o apoio do Tribunal de Contas de Sergipe no acompanhamento do relatório.

Busca Ativa Escolar – A Busca Ativa Escolar é uma estratégia composta por uma metodologia social e uma ferramenta tecnológica disponibilizada gratuitamente para estados e municípios. Ela foi desenvolvida pelo Unicef, em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Conselho Estadual de Secretários de Estado da Educação (Consed) e com apoio do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

 

Fonte: Governo de Sergipe

Foto: Maria Odilia

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