Como parte da campanha nacional Agosto Lilás, Sergipe participa da Operação Shamar 2025, ação integrada coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com o objetivo de intensificar o enfrentamento à violência contra a mulher em todo o país. No estado, a operação conta com a atuação conjunta da Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Científica, e da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM). A Operação Shamar, cujo nome em hebraíco significa ‘proteger e cuidar’, contará com ações preventivas, educativas e repressivas — inclusive com prisões em flagrante e cumprimento de mandados de prisão. Os detalhes das ações que serão desenvolvidas durante o mês de agosto foram apresentados em entrevista coletiva nesta sexta-feira (1º).

A Operação Shamar 2025 é um marco no enfrentamento à violência contra a mulher na perspectiva de gênero. Em Sergipe, que registrou a segunda menor taxa de feminicídios do Brasil — 0,8 mortes por 100 mil mulheres ao término de 2024, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública —, a operação ganha contornos especiais, com uma abordagem integrada e focada nas particularidades do cenário local: a Polícia Civil de Sergipe, por meio do Projeto Poly, tem sido um pilar fundamental e, paralelamente, a Polícia Militar desempenha um papel crucial com a Ronda Maria da Penha.

Para a secretária de Políticas para as Mulheres, Danielle Garcia, a somação de esforços entre a SSP e a SPM tem trazido resultados importantes na redução da violência contra a mulher em Sergipe, o que enseja a continuidade das ações integradas. “Temos feito muitas ações educativas e palestras, além do acolhimento das vítimas e capacitação da rede de proteção. Analisando os dados do estado, percebemos o quanto as ações conjuntas impactaram positivamente na vida da mulher sergipana. É essa somação de esforços para que cheguemos ao tão sonhado indicador de zero feminicídio”, evidenciou.

De acordo com a delegada Nalile Castro, coordenadora operacional das Delegacias da Capital e coordenadora da Operação Shamar em Sergipe, durante o mês de agosto, equipes da Polícia Civil irão atuar tanto de forma preventiva — educativas, como palestras e rodas de conversa, com foco na conscientização sobre os diversos tipos de violência doméstica e os caminhos para denúncia promovendo ações —, quanto de forma repressiva. “É uma operação difundida para todo o país, e Sergipe adere mais uma vez junto à toda rede de proteção. Essa operação começa hoje e se estende até 4 de novembro. Além da perspectiva educativa, faremos mutirões para cumprimento de mandados de prisão e intensificamos o trabalho de proteção às mulheres”, destacou.

A delegada Mariana Diniz, diretora do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) ressaltou que as ações que serão desenvolvidas de forma integrada entre as forças de segurança pública estão focadas na preservação da vida da mulher e na responsabilização criminal dos autores de violência doméstica. “Vamos intensificar um trabalho que já é feito de combate à violência doméstica dando um reforço maior às equipes para que haja uma atuação fortalecida nas investigações, focando também na agilidade dos inquéritos policiais e no aumento da concessão de medidas protetivas,já que temos indicadores que mostram o bom efeito do trabalho integrado no estado”, ressaltou.

Conforme a capitã Fabíola Goes, coordenadora da Ronda Maria da Penha, a Polícia Militar desenvolverá, já no dia 4 de agosto, um curso de capacitação voltado aos policiais militares que atuam nos diversos batalhões subordinados ao Comando do Policiamento Militar da Capital (CPMC). Além da formação, a corporação realizará ações preventivas e operacionais — inclusive aos fins de semana. “A Polícia Militar está integrada com todas as forças para reforçar as ações de prevenção e repressão durante o mês de agosto, destinado a essa luta. Também iremos reforçar o policiamento nas cidades com maior mancha criminal relacionado aos crimes contra as mulheres”, enfatizou.

Segundo a coronel Maria Souza, subcomandante do Corpo de Bombeiros, a corporação estará atuando para garantir uma resposta rápida e humanizada às vítimas, de modo a prevenir a revitimização e garantir a integridade física, emocional e psicológica das mulheres. “A corporação já capacitou 120 bombeiros para o atendimento focado às mulheres vítimas de violência entre os dias 14 e 18 de julho e já se prepara para novas formações. Elaboramos um Protocolo Operacional Padrão (POP) de Atendimento Pré-Hospitalar específico para vítimas de violência, assegurando um atendimento técnico, empático e alinhado às diretrizes das políticas públicas de proteção à mulher”, detalhou.

De acordo com a perita criminal Thaunny Maciel, a Polícia Científica também integra a operação, contribuindo com o atendimento técnico às vítimas, o acolhimento e o encaminhamento seguro nos casos de risco, visando garantir a integridade física, preservar a vida e disponibilizar laudos técnicos que subsidiem as prisões feitas pelas Polícias Civil e Militar. “Todos estamos integrados com essa responsabilidade de trazer, principalmente neste mês, o olhar para a violência contra a mulher. Estaremos atuando no local de crime observando situações compatíveis com violência em razão de gênero e com exames de corpo de delito e de coleta de materiais para constatar a violência sexual”, selientou.

Denúncias

Independentemente do mês, os casos de violência contra a mulher podem ser comunicados à rede de proteção pelo Disque-Denúncia da Polícia Civil (181), Central de Atendimento à Mulher (180), Polícia Militar (190) e pela Delegacia Virtual da Mulher (Devir Mulher), disponível no site delegaciavirtual.ssp.se.gov.br. A denúncia é fundamental para salvar vidas e interromper ciclos de violência doméstica e em razão de gênero.

 

 

Fonte: SSP/SE

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