*Por Amanda Prata
Os radiofármacos são preparações farmacêuticos ( medicamentos) radioativos utilizados em Medicina Nuclear para obtenção de imagem como agente diagnóstico mas pode também ser usado no tratamento de enfermidades.
Para a realizado de diagnósticos, o método mais tradicional é o da cintilografia, que usa o iodo-123 e o tecnécio -99m, para exames na tireoide e nos rins, por exemplo. Outro método em que são utilizados os radiofármacos e o da tomografia por emissão de pósitrons (PET), que utiliza o flúor-18. Nos exames de cintilografia, o radiofármaco é injetado no paciente e, depois de algum tempo, se deposita nos órgãos. O paciente é colocado em uma câmara gama, que mostrará a emissão de radiação no órgão em que o radiofármaco está depositado. Através da leitura feita pelo equipamento, são geradas imagens em que é possível diagnosticar qualquer alteração no organismo do paciente.
O tratamento de enfermidades , utiliza-se a propriedade de instabilidade nuclear do radionuclídeo e consequente emissão de radiação ionizante para tratar doenças de forma direcionada, atingindo alvos específicos tumorais tais como: o câncer da tireoide, linfomas ou metástases ósseas.
A terapia por radionuclídeo/radiofármacos tem por objetivo curar, mitigar e/ou controlar um processo patológico, observando-se poucos eventos adversos e efeitos colaterais. O mecanismo da destruição consiste no poder de ionização das radiações corpusculares. Quando a célula tumoral absorve o radionuclídeo, seu DNA pode ser danificado pela ação direta da radiação, que resulta na quebra das fitas duplas contendo as bases nitrogenadas ou indireta, por meio da formação de radicais livres após a interação da radiação com as moléculas de água presentes nas células.
Para a manipulação desses medicamentos é necessário respeitar os requisitos de proteção radiológica para proteção do operador, paciente, do público em geral e do meio ambiente através da minimização do tempo, maximização da distância e uso de blindagem, juntamente com os procedimentos de boas práticas de fabricação para garantir a qualidade radiofarmacêutica.
*Amanda Prata – Farmacêutica graduada pela Universidade Federal de Sergipe em 2007, Especialista em Gestão da Assistência Farmacêutica pela Universidade Federal de Santa Catarina em 2015.