Por Habacuque Villacorte

Um assunto polêmico que ganhou o noticiário nacional e que este colunista entende que precisa comentar, até pelo
respeito aos leitores e pelo compromisso com a boa informação: o que limita a agressão e o que é o direito de manifestação? Pois bem, após o resultado da eleição presidencial, em seu 2º turno, com a vitória do ex-presidente
Lula (PT), eis que uma série de protestos começou a ocorrer em vários pontos do Brasil, com um viés de patriotismo, em sua maioria, promovidos por bolsonarista.

Aí chegamos a um bom exemplo do que é agressão: na promoção dos primeiros protestos, movimentos de caminhoneiros e setores ligados ao AGRO promoveram o fechamento de uma série de rodovias espalhadas por todo o País, em forma de protesto, impedido o direito constitucional de ir e vir, o que para este colunista não é
razoável e nem é aceitável. O protesto não se relacionava à derrota de Jair Bolsonaro, mas a insatisfação de quem não aceita um “descondenado” na presidência da República.

Por mais que tivesse legitimidade o protesto, o fechamento de rodovias prejudica a coletividade, o que não é legal e que caiu como uma “luva”, para setores da “grande mídia”, declaradamente contrários ao atual presidente e que contribuíram para o retorno de Lula (PT). Logo se criou uma “marginalização” dos movimentos, fato que acirrou ainda mais os ânimos. Por sua vez, os demais protestos, sucessivos, pelas ruas, em vários pontos das cidades brasileiras, são sim legítimos.

As aglomerações em frente aos quarteis do Exército, por exemplo, para este colunista, sem violência, sem agressões, de forma gratuita e voluntária, é sim liberdade de expressão, um direito de manifestação. Afinal de contas, pelo menos por enquanto, ainda vivemos sob um regime democrático! Nesses movimentos não há dano à coletividade! Concordando ou não com as mobilizações, é preciso respeitar o direito de cada cidadão, inclusive por parte da “grande mídia”.

Ao invés de questionar a livre manifestação de quem concorda ou não com a derrota de Bolsonaro ou com o retorno
de Lula à presidência, esses setores da imprensa deveriam se mobilizar em defesa de suas prerrogativas, contra qualquer tipo de censura ou regulação. O petista já manifestou várias vezes essa intenção de “controle”, e agora com o “aval” do Supremo Tribunal Federal (STF). Para este colunista, se a promoção de fakes é crime, qualquer
aceno à censura também passa a ser…

Mas, ainda, sobre a agressão, também não é legal a gente assistir, quase que diariamente, pessoas públicas sendo achincalhadas nas ruas, no Brasil e pelo Mundo afora porque apoiaram Lula. Isso não é democrático! Como também é um direito de manifestação quando um atleta ou artista declarou apoio a Jair Bolsonaro, e, agora, após a eleição, passa a ser criticado e questionado por petistas e, até, por setores da “grande mídia”. Isso também é agressão! Vale
tanto para a esquerda quanto para a direita..