Infecção viral, a mononucleose, mais conhecida como doença do beijo, é causada pelo vírus Epstein-Barr, da família do Herpes, e facilmente pode ser confundida com doenças respiratórias comuns. Por ser transmitida pela saliva e também pelo compartilhamento de objetos contaminados, a doença é comum durante o carnaval e afeta, principalmente, pessoas entre 15 e 25 anos.
A médica infectologista Mariela Cometki explica que os principais queixas são dor de cabeça, febre alta e dor de garganta, mas acrescenta que outros sintomas podem surgir. “Em alguns casos, o paciente pode apresentar ínguas no pescoço, tosse, perde apetite, inflamação no fígado, hipertrofia do baço e até inchaço dos gânglios linfáticos”, alerta.
Mariela Cometki, médica infectologista
A transmissão se dá, principalmente, na fase aguda doença, mas uma pessoa que já teve a doença pode contaminar a outra. “O indivíduo, uma vez infectado, pode permanecer com o vírus para sempre no organismo e, por isso, pode transmitir para outras pessoas, pela saliva, tosse, espirros e também por meio de transfusão de sangue”, explica a médica.
Mariela alerta que a doença possui sintomas parecidos com aqueles manifestados a partir de outros vírus e que, por isso, é necessário um diagnóstico preciso. “Nestes casos, os médicos avaliam os sinais e as queixas do paciente. Pode ser solicitado um exame laboratorial, através da realização do hemograma, e para a confirmação do diagnóstico, é recomendada a pesquisa de anticorpos específicos presentes circulantes no sangue contra o vírus responsável pela mononucleose”.
Tratamento
A mononucleose tem cura e desaparece em até duas semanas. No entanto, conforme Mariela Cometki, é precisa buscar um médico infectologista que dará orientações quanto ao melhor tratamento. “O tratamento para a mononucleose não é específico. Recomenda-se repouso e hidratação com água, chás e sucos naturais para acelerar o processo de recuperação. Alguns medicamentos também podem ser receitados pelo médico. É importante ressaltar que não se pode fazer exercícios físicos e que o contato físico deve ser evitado até o fígado e o baço voltarem ao normal”.
Prevenção
Mariela Cometki destaca que, durante o carnaval, existem alguns cuidados que podem ajudar as pessoas a se protegerem da doença. “Assim como nos casos das doenças com transmissão respiratória, a pessoa deve lavar bem as mãos, cobrir a boca ou nariz ao espirrar, manter a higiene bucal e não compartilhar pratos, talheres e copos. Cuidar da saúde, mantendo uma boa alimentação, dormindo bem e se hidratando, também ajuda na prevenção”, finaliza.