A sensação que a gente tem quando chega no Fuji (já já dou o endereço) é a mesma que vendedor de carro quando se depara com um sujeito vestido de modo simples olhando um Audi. ‘Sou simples, mas vou levar esse, e vou pagar à vista’. O Fuji é simples, mas é poderoso. Tem bala na agulha.
O sushi bar que leva o nome do maior vulcão do arquipélago japonês é assim por conta de duas feras: o japonês Kazuyuki Kawauchi, que
depois de passagens por Sushi Mori, Onnu, Sato, Soho (BA), Tenkai (RJ), agora desenvolveu seu próprio negócio em sociedade com outra fera, César Lima, ex-maitre do Porto Madero e Carro de Bois, sabe atender, e principalmente, se antecipar aos desejos do cliente. Extremamente gentil, faz a escalada do Fuji ficar mais fácil para os amantes de uma boa cozinha japonesa e de um atendimento eficiente.
O combinado do chef com 15 peças trouxe a delicadeza e a simetria da cultura japonesa à mesa. Nirá, shimeji, ovas estavam presentes. O sabor do peixe, preservado, fresco, ainda resfriado. Sim, resfriado. Peixe cru tem que sair do resfriamento, ir pra manipulação e ser imediatamente servido. E é assim que é.
Provamos também o mix de espetos: lula, filé e frango, intercalados com bastonetes de cebolinha. Muito bom.
O Fuji é uma grande montanha, num país pequeno. O Fuji é um grande sushi bar, num lugar pequeno. Em outra estrutura, ele entra na briga com Kasato, Shouri, Mori, Sato e Senzai. E vai dar trabalho.
SERVIÇO
Onde: Rua Antônio Andrade 1335 coroa do meio. Ao lado do Buana
Preço: R$ 45,90 o combinado; R$ 15,90, o mix de espetos
Coisa boa: o cardápio é bem variado
Uma coisa excelente: tem almoço também
Coisa ruim: estacionamento
Como pagar: dinheiro e cartões
Funcionamento: terça à domingo, 11:30 as 15:00; 17:30 as 23:00
Estacionamento: se tiver aula na Ciclo, o bicho péga