Vereadora critica presidente do legislativo municipal por “só dar voto de minerva contra a população”
E a vida do presidente da Câmara de Vereadores de Aracaju, Nitinho Vitale, PSD, não anda nada fácil. Depois do problema identificado pelo Tribunal de Contas do Estado, TCE/SE sobre a quantidade enorme de cargos em comissão na Casa, agora as críticas ao comandante do poder Legislativo partem de parlamentares.
Mais especificamente da vereadora Emília Correia, PEN, que, na última sessão do semestre na Câmara identificou que as posições de Nitinho prejudicaram sensivelmente a população. “O presidente se vangloria dizendo que nunca votou contra a população. Mas os seus votos de minerva (quando uma votação empata entre os vereadores, cabe ao presidente, com o voto de minerva, definir o resultad o final). A minha crítica é que ele tem dois pesos e duas medidas na Casa”, revela Emília Correia.
“Tem projetos meus que nunca entraram na pauta. E são essas coisas que a presidência não deveria deixar acontecer”, diz Emília, que reforça a questão dos votos de Nitinho terem sido ruins para os servidores e para os professores do município. “Na hora da decisão é que se demonstra, se revela o perfil do parlamentar”, lamenta a vereadora.
SEM PALAVRA
E a crítica de Emília Correia avança. “Olha só, o presidente Nitinho disse que só colocaria na votação durante a última sessão a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Isso ficou acertado com o líder da oposição, Elber (Batalha, PSB). Mas, de última hora, ele colocou em votação, bem no final da sessão, o projeto que define o aumento de ônibus como sendo decisão do prefeito. Agora, graças a isso, poderemos ter aumento de ônibus em Aracaju decidido em quatro paredes”, indigna-se a verea dora.
Para a parlamentar, todas essas situações são demonstração de que não há um compromisso sério por parte do presidente nem mesmo naquilo que ele dá a palavra. “Havia um acerto entre o presidente e a oposição. E o presidente quebrou isso”, afirma Emília Correia.
Finalizando, a reportagem quis saber se a parlamentar pretende mudar de partido. “Estou conversando muito, analisando algumas propostas. Mas a gente não pode tomar uma decisão sem nem ao menos saber qual será a regra para as próximas eleições. Tem que esperar a janela também. Mas tenho conversado bastante”, encerra Emília Correia.