As pioneiras romperam barreiras e ingressaram na Corporação em 20 de fevereiro de 1989

Há 30 anos a Polícia Militar do Estado de Sergipe conta com a força feminina na luta diária pela preservação da ordem pública. As pioneiras romperam barreiras e ingressaram na Corporação em 20 de fevereiro de 1989.

As primeiras mulheres foram admitidas por meio do concurso para o Curso de Formação de Oficiais (CFO) e do Curso de Formação de Sargentos (CFS). Rita de Cássia Silvestre e Fátima Cristina Fontes seguiram carreira e foram para a reserva remunerada como coronéis, último posto da Polícia Militar. As sargentos Carmelita Dantas e Joanete Dias concluíram o curso no Estado do Pará, retornando a Sergipe como as primeiras praças da Instituição.

Em 1991, a PMSE formou as primeiras policiais no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), localizado no Bairro América, em Aracaju. Ao todo, seis sargentos concluíram o curso, sendo que três delas ainda permanecem em atividade, a capitã Evangelina de Deus Santos e as tenentes Marlene e Denise.

Capitã Evangelina / Foto: Arquivo Pessoal

A capitã Evangelina foi aprovada no CFO realizado em 2003 e hoje ocupa a função de Auxiliar na Assessoria de Comunicação da PM. De acordo com a  oficial, o seu ingresso na Polícia por meio das primeiras turmas femininas, representou algo inovador, uma verdadeira quebra de paradigmas. “Nós mulheres, conquistamos espaço inserindo as qualidades femininas na Corporação, contribuindo para uma policia mais humanizada. No inicio foi preciso desbravar um ambiente majoritariamente masculino, com respeito e simpatia. Hoje, após 28 anos de trabalho, cultivo grandes amizades possibilitadas pela PM, dentro e fora da Corporação”, destacou a capitã.

Já no ano de 1993, 49 mulheres foram admitidas por meio do primeiro concurso para soldados, que previa vagas para o sexo feminino. A sargento Cândida Rosa fez parte daquela turma e carrega consigo o orgulho de ter sido uma das soldados pioneiras em Sergipe. “Dentro de um pelotão composto apenas por mulheres, enfrentamos muitas cobranças e desafios, todos superados pelo amor à profissão, mesmo arriscando a própria vida, fato juramentado na conclusão do curso”. Ainda de acordo com a sargento, “apesar das lutas diárias nós somos guerreiras e sempre encontramos força em Deus para enfrentar as batalhas com sabedoria, acreditando em dias melhores na carreira profissional” afirmou a policial que exerce suas funções no Quartel do Comando Geral (QCG).

Pelotão feminino – 1993 / Foto: Arquivo Pessoal

A sargento Adriana Ferreira também foi aprovada no concurso de 1993 e faz questão de frisar os avanços que ocorreram ao longo de 26 anos de polícia. “Em todo esse tempo muitas coisas mudaram. Somos uma geração de pioneiras que segue na luta por mais reconhecimento, tanto na sociedade como dentro da Instituição. Somos também mulheres que batalham por nossas famílias e por um mundo onde se preserve a educação, o respeito e os valores do ser humano”, concluiu a militar.

Atualmente, 452 mulheres integram a Polícia Militar do Estado de Sergipe, desde a graduação de soldado, que é a porta de entrada da instituição para as praças, passando por cabo, sargento e subtenente, até o posto superior do oficialato. Em três décadas, elas conquistaram os espaços merecidos com muita honra e trabalho, arriscando as suas vidas por um Sergipe de paz e harmonia.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

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