Eleição de Delegado Alessandro Vieira para o Senado,
acompanhado de Rogério Carvalho, foi recado forte das urnas
Toda eleição se fala que o “povo quer mudança”. Mas, na maioria delas, essa mudança não chega. Bom, mas nas eleições 2018, em Sergipe, especialmente na disputa para o Senado, a mudança chegou. O primeiro colocado, Delegado Alessandro Vieira (Rede) teve 474.449 votos. Só a título de comparação, mais votos do que teve o primeiro colocado na disputa para governador. E o segundo senador eleito por Sergipe, Rogério Carvalho (PT), com seus 300.247 votos, para quem não se lembra, conseguiu o registro de sua candidatura no limite do prazo, portanto, teve menos tempo de campanha do que seus adversários.
“É a vitória do povo, das pessoas que querem mudar de verdade. E a gente representa essa mudança. A ideia que fica é muito clara: se o cidadão tiver informação adequada ele vai escolher melhor seus representantes. É um momento histórico da política sergipana”, diz Alessandro em meio a uma multidão que foi festejar sua vitória na 13 de Julho, em Aracaju.
“Essa vitória se deve a capacidade que a gente teve de representar e incorporar o sentimento da população, que queria renovação, mais consistência no Senado, uma representação qualificada e comprometida. E eu sou muito grato a população do meu Estado de me dar a possibilidade de representar esse sentimento em Brasília”, analisa Rogério Carvalho durante a comemoração de sua vitória, na Avenida Barão de Maruim, também na capital.
SEGUNDO TURNO
De toda forma, ambos, Alessandro e Rogério, se tornam peças fundamentais daqui por diante. Primeiro pelo cargo de senador em si, com seus oito anos de mandato. Mas também porque eles serão muito cortejados para as eleições de segundo turno.
Rogério, que já apoiou Belivaldo no primeiro, terá uma outra missão. “Vamos organizar a campanha Haddad, encontrar o eixo do discurso, porque Bolsonaro é Temer em dose dupla, é Temer legitimado pelas urnas. Aí o mal vai ser muito maior”, diz Rogério sobre a disputa presidencial.
Já Alessandro garante que dialogará para tomar uma decisão. “A gente vai conversar com as pessoas que votaram na gente e aí a gente vai tomar uma decisão. Eu não fico em cima do muro”, revela Alessandro quando questionado sobre o segundo turno da eleição presidencial. E quanto a nova disputa pelo governo estadual. “É a mesma coisa. Eu quero ouvir as pessoas”, finaliza Alessandro.