Vereadora diz que estará no palanque em Sergipe que tiver alinhamento com a Direita

Por Habacuque Villacorte – Da Equipe Cinform On Line

 A reportagem do Cinform On Line conversou com a vereadora de Aracaju, Moana Valadares (PL), que tem defendido as pautas conservadoras na Câmara Municipal. Na entrevista ela faz uma avaliação positiva do início da gestão de Emília Corrêa (PL) na PMA; confirma seu esposo e deputado, Rodrigo Valadares, como pré-candidato ao Senado; deixa em aberto a possibilidade de disputar a cadeira de deputada federal em 2026; aposta todas as ficha que o ex-presidente Jair Bolsonaro estará apto para disputar a eleição presidencial e condena a política econômica do governo Lula (PT) que, segundo ela, está beneficiando os bancos e mais ricos e aumentando o sofrimento dos mais pobres. Confira a seguir esta entrevista exclusiva:

CINFORM ON LINE: Iniciando a entrevista, vamos à pergunta que não quer calar: qual a sua avaliação sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros aliados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal?

MOANA VALADARES: Olha, como vereadora, advogada e, acima de tudo, defensora da Constituição, vejo esse julgamento como um verdadeiro atentado ao Estado Democrático de Direito. O STF, que já foi uma instituição respeitada, hoje atua como um verdadeiro tribunal de exceção, extrapolando limites constitucionais e agindo politicamente para perseguir adversários e calar a oposição. São tantas arbitrariedades e ilegalidades que esse processo já nasce nulo, desde a ausência de crime (convenhamos que chamar uma manifestação de golpe de Estado é a narrativa mais ridícula que já inventaram) até o fato de a Suprema Corte não ter competência jurisdicional para julgar Bolsonaro, uma vez que ele não possui mais foro privilegiado nem ocupa o cargo de presidente da República.

Infelizmente, Bolsonaro é hoje uma grande vítima dessa perseguição implacável do sistema, cujo objetivo é claro: impedi-lo de disputar a eleição de 2026, num cenário de favoritismo comprovado pelas recentes pesquisas eleitorais.

CINFORM ON LINE: Há quem avalie que parte dos ministros que julgaram Bolsonaro essa semana deveria se declarar impedida. O que você acha?

MOANA VALADARES: De fato, se vivêssemos em um país sério e tivéssemos uma Justiça que se respeita, Alexandre de Moraes, que é parte no processo enquanto “vítima”; Zanin, que foi advogado pessoal de Lula, maior adversário político do réu; e Flávio Dino, ex-ministro da Justiça de Lula e, assim como Zanin, indicado por ele ao STF, seriam declarados impedidos de exercer um julgamento imparcial. Além disso, juízes que já expressaram publicamente suas opiniões políticas sobre o caso também deveriam ser afastados.

Mas parece que, no Brasil, o princípio da imparcialidade garantido pela Constituição Federal tornou-se um mero detalhe decorativo, esquecido nos livros de Direito. São justamente esses juízes, sem qualquer pudor, que participaram do julgamento como se fossem “bastiões da neutralidade”. Parece até piada…

CINFORM ON LINE: A senhora acredita que Bolsonaro consegue reverter seu impedimento legal para disputar a presidência até o próximo ano ou a Direita terá outro candidato?

MOANA VALADARES: Partindo do pressuposto de que, na política, tudo pode acontecer – e que Lula estava preso um ano antes de se tornar presidente da República, seguimos firmes e com muita fé de que Deus mudará esse cenário e o Brasil terá um respiro de justiça e esperança. Muita coisa ainda pode acontecer, inclusive sanções internacionais… Não vamos desistir do Brasil nem largar a toalha! Bolsonaro é o nosso nome para 2026, é o líder da Direita e, em nome de Jesus, retomaremos a direção deste país, recolocando-o na rota do crescimento, da liberdade e da prosperidade.

CINFORM ON LINE: Se Bolsonaro não puder disputar a eleição presidencial, quem teria sua aprovação para representar o eleitorado mais conservador? Tarcísio de Freitas? Ronaldo Caiado? Michelle?

MOANA VALADARES: Não ter um plano B nos impede de desistir do plano A. Bolsonaro continua sendo o candidato da Direita para 2026, e tudo está nas mãos de Deus. Mas, independentemente do que aconteça, é fato que a Direita construiu grandes nomes sob a liderança de Bolsonaro – algo que Lula não conseguiu fazer.

CINFORM ON LINE: Como a senhora avalia o ato pró-anistia realizado no Rio de Janeiro e qual a expectativa para o de São Paulo? Por que a senhora defende a anistia para os presos do 8 de janeiro?

MOANA VALADARES: Foi um ato lindo! Eu me arrepiava do começo ao fim, vendo o povo clamando por justiça e em São Paulo será ainda maior! Historicamente, a Avenida Paulista é o nosso maior ponto de manifestação.

A anistia para os presos políticos do 8 de janeiro não é apenas necessária, é uma questão de justiça e coerência histórica. O Brasil já concedeu anistia em diversos momentos críticos, perdoando tanto militares quanto militantes da esquerda por atos políticos. Agora, estamos diante de uma situação semelhante: milhares de brasileiros – pessoas comuns, muitos pais, mães de família e idosos que nunca sequer pegaram em uma arma – foram presos arbitrariamente, sem direito a um julgamento justo e sem individualização da conduta.

O que aconteceu no dia 8 de janeiro foi, sim, um protesto que saiu do controle, mas chamar isso de tentativa de golpe é questionar a capacidade intelectual do povo brasileiro. Transformar manifestantes em “terroristas” e condená-los a penas desproporcionais é uma clara perseguição política. Onde estavam essas punições exemplares quando o Brasil viu prédios públicos incendiados em protestos da esquerda? Quando invasões, depredações e ataques a instituições foram tratados como “manifestações democráticas”?

CINFORM ON LINE: O deputado federal Rodrigo Valadares tem cobrado dos aliados de Bolsonaro em Sergipe uma defesa mais incisiva do ex-presidente e da anistia. O que a senhora acha? Quem está sendo omisso? É verdade que alguns políticos querem os votos dos bolsonaristas, mas não se declaram conservadores?

MOANA VALADARES: Exatamente. Não podemos mais eleger “Alessandros Vieiras” em nosso Estado – políticos que surfam na onda bolsonarista para conquistar votos da Direita e depois se tornam as maiores decepções políticas. Alessandro Vieira, por exemplo, foi autor do PL da censura, militou contra as pautas da Direita, aliou-se a políticos progressistas em Brasília e, inclusive, fez campanha para Lula em 2022.

O eleitor precisa estar atento para não ser enganado novamente! Muitos se dizem candidatos de Direita, mas sequer se pronunciam em suas redes sociais sobre temas sensíveis como anistia, abusos do STF e o julgamento de Bolsonaro. Mais do que nunca, precisamos de homens e mulheres de coragem, dispostos a colocar seus mandatos à disposição do povo para lutar pela liberdade do nosso país. Não temos mais tempo para errar!

CINFORM ON LINE: A pré-candidatura de Rodrigo Valadares ao Senado Federal está confirmada? Ele terá o apoio de Bolsonaro em Sergipe? Se o governo do estado der palanque para Lula, onde estarão Rodrigo e Moana?

MOANA VALADARES: A candidatura de Rodrigo ao Senado está confirmada! Inclusive, há poucos dias, foi divulgada uma pesquisa em que ele aparece em primeiro lugar nas intenções de voto – para honra e glória de Deus. O Senado é o maior projeto da Direita para 2026, e todos os candidatos serão escolhidos a dedo pelo presidente Bolsonaro, que deu a Rodrigo essa missão em Sergipe.

Quanto às alianças políticas, uma coisa é certa: o palanque que cabe Moana e Rodrigo precisa estar alinhado com a Direita.

CINFORM ON LINE: A senhora teve um debate intenso com o vereador Iran Barbosa na Câmara Municipal. Como estão as discussões entre Direita e Esquerda no parlamento? Qual foi o motivo da discussão?

MOANA VALADARES: Como já era esperado, os debates estão intensos. Eu não entrei na política para me omitir ou me intimidar. Estou ali para defender as bandeiras em que acredito e que me elegeram, representando e sendo a voz dos meus eleitores. Infelizmente, isso incomoda a extrema Esquerda, mais precisamente a bancada do PSOL, que não sabe lidar com opiniões divergentes.

No último debate, a situação saiu do controle. Enquanto eu e outros cinco colegas concordávamos com o vereador Levi e questionávamos a incoerência e a fala machista de Lula, o vereador Iran se alterou e começou a gritar comigo, achando que iria me intimidar pelo grito. Curiosamente, ele não direcionou sua fúria aos outros cinco vereadores – apenas a mim.

Isso escancara a hipocrisia da Esquerda, que milita pelo feminismo, mas não perde a oportunidade de hostilizar uma mulher de Direita. De toda forma, não tenho medo de gritos nem de cara feia. Ele teve uma resposta à altura, mas, claro, com compostura e educação.

CINFORM ON LINE: Se Rodrigo Valadares vai disputar o Senado, tem fundamento o rumor de que a senhora pretende disputar um mandato eletivo no próximo ano? É verdade que Moana Valadares disputará uma cadeira na Câmara Federal?

MOANA VALADARES: Se for da vontade de Deus, sim. Nos preocupa deixar a cadeira de deputado federal que Rodrigo ocupa hoje vazia. Precisamos ocupá-la com o mesmo posicionamento, firmeza e alinhamento com as pautas da Direita. Apesar de estar 100% focada no meu mandato de vereadora agora, estou pronta para essa missão pelo meu País em 2026.

CINFORM ON LINE: Qual a sua avaliação sobre o início da gestão da prefeita Emília Corrêa?

MOANA VALADARES: Superando as expectativas! Em tão pouco tempo, Emília já demonstra resultados concretos. Sua gestão tem sido pautada na responsabilidade, no compromisso com a população e na busca por melhorias reais para a cidade. O que estamos vendo é uma prefeita que trabalha com seriedade, que não faz política baseada em discursos vazios, mas sim em ações concretas. Isso tem incomodado muita gente que estava acostumada com gestões ineficientes, mas para a população, que ansiava por mudança, a diferença já é visível.

CINFORM ON LINE: Sobre a polêmica envolvendo os ônibus elétricos e o empréstimo aprovado pela Câmara Municipal, qual a sua avaliação? A senhora acredita na renovação da frota prometida por Emília Corrêa?

MOANA VALADARES: Essa polêmica foi inventada pela oposição, que agora resolveu procurar “pelo em ovo”. O curioso é que essa mesma oposição ficou inerte durante praticamente 16 anos de Edvaldo, mas, em apenas três meses de gestão da Emília, já começou a implicar com tudo.

O financiamento aprovado na Câmara Municipal é um passo fundamental para modernizar o transporte público da cidade. Emília tem um projeto sério e estruturado para garantir a renovação da frota e melhorar a mobilidade urbana, diferentemente das gestões passadas, que apenas maquiavam os problemas sem resolvê-los de fato. O povo já percebeu essa diferença e, por isso, a oposição tenta criar narrativas para deslegitimar o trabalho da prefeita.

CINFORM ON LINE: E, concluindo a entrevista, qual a sua avaliação sobre o governo Lula? Como se justifica essa alta nos preços dos alimentos e combustíveis? E esse empréstimo que está sendo oferecido pelo governo para quem é CLT? O que acha?

MOANA VALADARES: Melhor chamarmos de desgoverno, né? A política econômica de Lula é um desastre, e quem paga essa conta é o povo, que está sofrendo com a alta da inflação, os preços absurdos e a dificuldade de acesso a itens básicos. Enquanto isso, Lula e Janja vivem uma vida de luxo, com viagens milionárias às custas dos trabalhadores brasileiros – trabalhadores esses que mal conseguem encher um carrinho no mercado.

Esse empréstimo oferecido pelo governo é uma piada, uma tentativa desesperada de maquiar sua incompetência e enganar a população. Basicamente, ele usa o FGTS – que, na teoria, pertence ao trabalhador, mas que, na prática, ele não pode usar livremente – como garantia para pegar dinheiro emprestado e pagar juros aos bancos. Ou seja, em vez de dar ao trabalhador o direito de usar seu próprio dinheiro do FGTS, o governo força um endividamento para beneficiar o sistema financeiro. No final das contas, o PT sempre tira do pobre para dar ao rico.

 

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