Histórico de incêndios e acidentes assusta quem frequenta região do centro de Aracaju
Incêndios no centro comercial de Aracaju sempre são uma preocupação para lojistas, clientes e, principalmente, para os órgãos públicos. O assunto já foi tema de reunião entre representantes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil estadual e municipal, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio).
Na ocasião, foram apresentadas propostas para a resolução do problema de acesso, como a remoção de elementos decorativos que são fixados nos calçadões do Centro de Aracaju, que impedem a circulação de caminhões de bombeiros, viaturas policiais e ambulâncias, em caso de tragédia.
Além da dificuldade no deslocamento das viaturas do Corpo de Bombeiros, a idade da maioria dos prédios e a falta de manutenção são elementos que contribuem para que o medo seja constante. “É importante que se faça periodicamente a verificação das instalações elétricas das lojas do Centro. São prédios de mais de 50 anos de construção e que não têm a sua planta elétrica atualizada. Uma grande quantidade de ligações no mesmo local de extração de energia pode provocar uma grande tragédia”, comentou o anterior superintendente da Fecomércio, Alexandre Wendel.
HISTÓRICO DE INCÊNDIOS
Na época da reunião na Fecomércio, um dos principais motivos foi o incêndio que atingiu a loja de tecidos Poliana, localizada na rua São Cristóvão (centro de Aracaju). Naquela madrugada, as chamas consumiram o prédio durante quase três horas e dois outros prédios foram comprometidos.
No mês passado, um incêndio de grandes proporções destruiu uma madeireira na avenida Coelho e Campos, também na região central de Aracaju. Três dias depois do início do incêndio, equipes do Corpo de Bombeiros ainda trabalhavam no local para apagar novos focos de chamas e uma equipe da Defesa Civil precisou isolar metade da via porque o muro da madeireira corria o risco de desabamento.
A equipe de reportagem do CINFORM entrou em contato com o Corpo de Bombeiros para saber quantos incêndios foram registrados na região central de Aracaju nos últimos anos, bem como as suas principais causas, mas até o fechamento desta reportagem nenhuma resposta foi dada aos nossos questionamentos.
DEFESA CIVIL
Outro risco que preocupa aqueles que trafegam diariamente pelas ruas do centro de Aracaju são as marquises ou estruturas que, sem manutenção podem desabar e causar um grave acidente. Como o que aconteceu em 2010, quando parte da marquise de uma loja de departamentos localizada no calçadão da João Pessoa desabou e matou Vanuza Silva dos Santos e deixou duas crianças feridas.
Segundo a Defesa Civil de Aracaju, por meio do atendimento aos chamados da população, através do número emergencial 199, do atendimento às demandas dos órgãos reguladores ou durante vistorias de rotina, “as edificações da região recebem a atenção do poder público municipal, que reforça sua atuação em caráter preventivo”.
Na nota encaminhada ao Cinform, a Defesa Civil do município ressalta ainda que, com base na Lei Municipal Nº 2765/ 99, a cada cinco anos, os proprietários das edificações devem contratar um responsável técnico para elaboração de um Laudo de Manutenção predial. Neste documento, devem constar todas as patologias que venham a ser identificadas na edificação, além do plano de recuperação estrutural.