Os casos de violência sexual praticados contra crianças e adolescentes em Sergipe preocupam pais e autoridades da área da saúde. Somente em 2021, a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), referência estadual para esse tipo de atendimento, realizou mais de 1.500 acolhimentos. Em 2022, de janeiro a junho, já foram mais 990 atendimentos. A grande maioria das vítimas são crianças com idades entre 5 e 11 anos de idade.

Segundo a enfermeira especialista em Enfermagem Obstétrica e superintendente da MNSL, Lourivânia Prado, muitas dessas vítimas chegam no serviço tardiamente e com vários agravos à saúde como Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), Clamídia, Gonorréia, Sífilis, HPV e HIV. Ela comenta que os pais devem ficar atentos aos sinais, como mudanças de comportamento, agressividade, medo, afastamento do convívio com outras crianças, e afastamento de pessoas conhecidas de seu convívio que, por muitas vezes, são os principais agressores.

“Os pais ou responsáveis devem procurar imediatamente o serviço de saúde de referência nos casos suspeitos ou confirmados de violência sexual para recebimentos de cuidados em saúde e proteção. A Maternidade conta com uma equipe multiprofissional e qualificada, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e demais membros de apoio assistencial que trabalham 24h, de domingo a domingo, para atender as vítimas”, informa Lourivânia.

Superintendente da MNSL, Lourivânia Prado

O tratamento para os casos que chegam à Maternidade varia de acordo com cada patologia e são realizados no próprio serviço. É realizada a administração de medicamentos conforme protocolos do Ministério da Saúde e, nos casos mais graves, são realizados procedimentos cirúrgicos na própria unidade. A Maternidade oferece profilaxias contra gravidez indesejada, infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), medicamentos antirretrovirais contra o vírus HIV, causador da AIDS, que pode ser feita em até 72 horas, entre outros.

Lourivânia esclarece que a vítima que chega ao serviço de violência sexual da maternidade, de início é atendida e acolhida pelo enfermeiro que trabalha na classificação de risco, em seguida, se for necessário, é transferida para uma sala com privacidade onde um médico, assistente social ou técnico de enfermagem acolhe e faz o aporte assistencial necessário a vítima. “Esse atendimento acontece independente da vítima fazer, ou não, o Boletim de Ocorrência (BO), ou passar pelo IML para que seja efetuada a coleta de vestígios”, salienta a superintendente.

Além do atendimento médico, os pais ou responsáveis também podem denunciar os casos de violência sexual. Os canais disponíveis são:

Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL): (79) 3225-8679/8650

Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Aracaju: (79) 3205-9400

Delegacia Especial de Grupos Vulneráveis de Lagarto: (79) 3631-2114 ou (79) 98824-8356

Delegacia Especial de Grupos Vulneráveis de Itabaiana: (79) 34332-8900 ou (79) 00199-4118

Delegacia Especial de Grupos Vulneráveis de Nossa Senhora de Socorro: (79) 3279-2450

Delegacia Especial de Grupos Vulneráveis de Estância: (79) 98816-6636

Ministério Público: 127

Defensoria Pública: (79) 98867-5370

Disque Denúncia Polícia Civil: 181

Polícia Militar de Sergipe:  190

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