Yin e yang. Preto e branco. O pintor Oscar Claude Monet só trabalhava à luz do ambiente. E em toda a sua obra impressionista, as cenas bucólicas francesas são pinceladas ora com muito branco, ora com mais preto, misturadas à mesma tinta.

Emmanuel, mentor de Chico Xavier, diz que a “zona mental é local de batalha incessante”. Cabe a nós trazer o máximo de luz e clareza. Primeiro para nos conhecermos. E segundo, para a própria harmonia da obra, que é a pintura da nossa vida.
Monet, curiosamente tinha apreços por pontes. As pontes refletidas sobre as águas (das emoções), fazem ligações territoriais, geram acesso, expandem conhecimento, promovem crescimento.

Definitivamente amo pontes. Cresci saindo de casa e me deparando com uma sobre o rio São Francisco. O ir e vir, o movimento que nunca cessa daquela cena.

Associo esta descrição à capacidade de criar pontes entre a luz e sombra da nossa mente. Desde que eu deixe as ‘janelas’ do coração abertas a receber, terei claridade mental pra discernir. Mas quando me ocupo em julgar, projeto minha sombra (aquilo que não reconheço em mim) e permaneço no escuro. Só enxergamos no outro aquilo que somos – em algum nível – e que não, necessariamente, é daquele a quem rotulo.

Monet sabiamente só pintava à luz natural. O impressionismo foi um movimento gerado a partir de uma crítica cheia de recalque. O escritor e também pintor, Louis Leroy, disse em um artigo: “que liberdade e suavidade de pincel! Estou IMPRESSIONADO. Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha”.

Foi pejorativo e quis reduzir o trabalho do colega que, na verdade, introduzia um novo estilo artístico ao meio. O ‘impressionado’ de Louis gerou bordão e se transformou no que conhecemos na história da arte por Impressionismo. Graças à sombra de Leroy, a luz de Monet foi projetada mundo afora.

Cuidemos, e muito, da forma como projetamos luz e sombra. Se nos colocarmos como observadores dos nossos pensamentos, falas e ações, introduzimos pontes meditativas que promovem um definitivo autoconhecimento.

Quando João fala de Pedro pra mim, sei mais de João do que de Pedro. Quando alguém ousa me classificar, conheço mais suas sombras do que o próprio interlocutor. Nossa zona mental é batalha individual. O bom é que não há uma só noite escura que não se renda aos primeiros raios de sol.

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