Acontece até hoje quarta-feira, 15, no Delmar Hotel, em Aracaju, o Seminário ‘Sergipe Oil & Gas 2022’, evento realizado pelas empresas Brainmarket e Eolus, em parceria com o Governo do Estado, que discute o setor energético no país. As discussões giram em torno, principalmente, do momento que passa o Estado em relação ao segmento de óleo e gás, quando Sergipe se prepara para dar um salto na sua produção, tornando-se um dos maiores pólos de exploração do país.
Sergipe terá uma enorme produção de gás natural a partir de 2026, produzindo 20 milhões m³/dia de gás canalizados do mar, num gasoduto com cerca de 100 km de extensão nas águas, com mais 25 km em terra, prospectando a quase 2 mil metros de profundidade. Com isso, o Estado será responsável por 20% da produção nacional de gás, que se transformará em desenvolvimento, geração de empregos e renda para a população.
“Será a segunda redenção do nosso Estado. A primeira foi em 1963, com a descoberta da reserva de Petróleo em Carmópolis. Mas o que vamos fazer o que com 20 milhões de m³ de gás? Se reinjetarmos no poço perderemos essa riqueza. Então, a gente começou a trabalhar a Lei do Gás para discutir como otimizar esse gás em abundância para o nosso estado, por isso discutimos com os operadores as necessidades do mercado, fizemos o enfrentamento e conseguimos aprovar a lei”, disse Laércio.
Segundo o deputado, a nova Lei do Gás estabeleceu um novo marco regulatório para o setor no Brasil e foi fundamental para a abertura do mercado, criando maior oferta, competitividade, investimentos e realizações que só serão possíveis a partir dessa lei. Laércio citou como exemplo o retorno das operações da Unigel Agro, antiga Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), que passou dois anos em hibernação e já está em plena atividade gerando empregos e benefícios para o Estado de Sergipe.
“Nós enfrentamos todas as dificuldades, porque precisávamos quebrar o monopólio existente há tantos anos, quando tínhamos somente um operador atuando num país com a dimensão como o nosso. Era um cenário não estava em sintonia com o que a gente precisava. Vencer essa barreira foi uma etapa importantíssima para que o Brasil se abrisse para o mundo em termos de óleo e gás”, disse.
“Passada essa primeira fase, nós trabalhamos a regulamentação da lei depois a sua aprovação, que completou um ano no mês de abril passado e agora a gente começa a sentir os reflexos daquilo que foi construído. Acreditando que essa é a segunda redenção do nosso estado, nós começamos a trabalhar intensamente e desde a semana passada que a gente começa a sentir os primeiros reflexos do que acontecerá no nosso Estado”, comentou.
Seminário – O Seminário ‘Sergipe Oil & Gas 2022 reuniu o assessor da Secretaria de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Guilherme Eduardo Zerbinatti Papaterra; o secretário de Estado do Desenvolvimento e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), José Augusto Pereira de Carvalho; o superintendente do Sebrae, Paulo do Eirado; o superintendente Executivo da Sedetec, Marcelo Menezes; agentes do setor de energia; empresas da cadeia industrial e fornecedoras de bens e serviços de O&G; e entidades setoriais, de pesquisa e promoção comercial.