No próximo dia 28 de julho é celebrado o Dia Mundial de Luta contra as hepatites. Em alusão à data e à campanha Julho Amarelo, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), realizou nesta quinta-feira, 25, o Seminário de Hepatites Virais, direcionado para os profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) e da Atenção Especializada em Saúde. O Julho Amarelo é dedicado ao combate das hepatites, com o objetivo de chamar a atenção para o tema, incentivando o debate nas comunidades por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS), estimulando a prevenção e fortalecendo a luta contra a doença.

Na ocasião, o diretor da Vigilância Epidemiológica, Marco Aurélio apresentou os dados epidemiológicos das hepatites virais no estado. “Em Sergipe, há uma queda importante da hepatite A, temos de um a dois casos por ano, que já vem acontecendo nas últimas duas décadas. A hepatite A é uma doença que se dá mais por meio oral-fecal, com a contaminação de água. As hepatites que nos preocupam pelo seu aspecto diferenciado são a hepatite B e a hepatite C, que vêm se comportando de forma constante todos os anos. E são hepatites que, além de ter manifestações que podem ser agudas, a pessoa pode apresentar febre, mal-estar, vômito e pele amarela. Porém, muitas vezes elas acontecem de forma assintomática, e só é descoberta realmente quando a gente faz movimentos para aumentar a testagem. Então a gente tem trabalhado muito com esse esforço de estar descobrindo casos e evitar maiores complicações”, frisou Marco Aurélio.

De acordo com a referência técnica das Hepatites Virais, Laís Menezes, a iniciativa tem como objetivo reforçar as ações de vigilância, diagnóstico, prevenção e controle das hepatites. “Este ano, pensamos em não só discutir sobre a doença, mas como os profissionais devem tabular dados, qual a forma correta do preenchimento da notificação, para que a gente alcance a situação epidemiológica de cada município”, explicou Laís.

Diagnóstico 

A hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus ou uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Em alguns casos são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando estes estão presentes podem ser cansaço, febre, mal estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, urina escura e pele e, no estado avançado da doença, olhos amarelados.

As hepatites virais, especialmente dos tipos A, B e C, são as que possuem mais incidência no Brasil.  A hepatite A pode ser transmitida pelo sexo oral-anal, pela ingestão de alimentos e água contaminados, por mão não higienizadas ou sujas de fezes e por objetos contaminados. Nas hepatite B e C, a transmissão pode ocorrer por relações sexuais sem preservativo, compartilhando seringas e agulhas e entre outros.

Para o coordenador da Vigilância Epidemiológica do município de Nossa Senhora da Glória, Francisco Edilson de Sousa, o seminário é importante para que os profissionais de cada município tenham a oportunidade de discutir a realidade das hepatites em seu território e, a partir disso, multiplicar para os demais profissionais. “Temos que nos atualizar para que possamos orientar melhor a população que, muitas vezes pensam que hepatite não é algo perigoso. Mas sabemos o quanto é uma questão de saúde pública que deve ter os cuidados redobrados”, observou.

Vacinação para hepatites A e B 

Existe vacina para as hepatites A e B e elas estão disponíveis na rede pública. Na hepatite A, a primeira dose é feita aos 15 meses de idade, podendo ser administrada até cinco anos incompletos. Na hepatite B, há um ciclo com três doses para a vacina e caso não seja completado o indivíduo não estará imunizado. Quem se vacinou contra a hepatite B, também está protegido da hepatite D.

Fonte, Secom – Estado.

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