O juiz da 7.ª Vara Empresarial do Rio, Fernando Viana, responsável pelas decisões relativas ao processo de recuperação judicial da Oi, determinou que os novos diretores estatutários eleitos em reunião do conselho no último dia 3 de novembro se abstenham de decisões relacionadas ao processo.
O juiz afirma, na sentença, que os diretores – que também são conselheiros, o que poderia, segundo Viana, configurar conflito de interesse – não devem participar da elaboração e negociação do plano. Embora tenha retirado os diretores de certas decisões, ele negou o pedido de credores internacionais de suspender suas nomeações.
A decisão de refere aos diretores Hélio Calixto Costa e João Vicente Ribeiro, ligados ao fundo Société Mondiale, de Nelson Tanure, e a Pharol, maior acionista individual da Oi.
A entrada desses executivos veio na sequência de discussões sobre um plano de recuperação para a Oi no qual os atuais acionistas – incluindo o fundo ligado a Tanure e a Pharol – seriam remunerados para participar do aumento de capital da companhia. Isso gerou grande ruído, pois previa-se desembolso da tele apesar da situação financeira da companhia, que tem dívida total de R$ 64 bilhões.
A discordância sobre a situação chegou a causar rumores de que o presidente da Oi, Marco Schroeder, deixaria o cargo. Ele, o diretor administrativo e financeiro, Carlos Brandão, e o diretor jurídico, Eurico Teles Neto, também são atualmente diretores estatutários. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.