Quem fez festa de casamento com um orçamento de R$ 6 milhões, mandou a noiva Ticiana Villas Boas jogar uma bolsa Louis Vuitton que custa o preço de R$ 165 mil no lugar do buquê de flores e teve como convidados o presidente da República, Michel Temer, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin agora divide uma cela sem banheiro, onde estão instaladas duas camas de cimento, um cano de água fria para o banho, um buraco para as necessidades num espaço de 9 metro quadrados na Polícia Federal . Essa é a realidade do dia de Joesley Batista, do Grupo J&F, controladora da JBS.
A arrogância de Joesley deixou a responsável pela organização sem possibilidade de impedi-lo de esbanjar riqueza. Ao tentar demovê-lo da ideia de fazer Ticiana lançar uma “Louis Vuitton”, pois não era chique, Joesly não aceitou o argumento e não abriu mão de lançar o acessório na festa que teve mil convidados.
O goiano que era apontado como o símbolo do novo empresariado brasileiro, sempre foi lembrado como um investidor destemido, arrojado. Joesley colhia os “louros” de ter transformado a JBS na maior processadora de proteína animal do mundo, com a aquisição de grandes empresas estrangeiras do setor, como a swift.
As compras, porém, só aconteceram por causa dos aportes bilionários como os dos BNDES, que injetou R$ 14,8 bilhões nos negócios de Joesley, e da Caixa Econômica Federal, que beneficiou o Grupo com R$ 5,5 bilhões.
A generosidade dos órgãos federais com a empresa, que se expandiu para outras áreas sob o guarda-chuva da holding J&F, numa teve explicação convincente até Joesley confessar em sua delação premiada que os benefícios estavam atrelados a pagamento de propina.
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